Segurança revela na Justiça o que Sean Diddy Combs disse após agredir a ex, Cassie Ventura, em hotel: ‘Diabólico’

Segurança revela na Justiça o que Sean Diddy Combs disse após agredir a ex, Cassie Ventura, em hotel: ‘Diabólico’

Israel Florez, um policial de Los Angeles, foi a primeira testemunha chamada pela acusação no julgamento de Sean “Diddy” Combs, nesta segunda-feira (12). Ele falou das agressões do rapper contra Cassie Ventura, já que era segurança do hotel onde tudo aconteceu. No tribunal, o agente contou ter visto uma mulher deitada no chão e disse que o magnata teria lhe subornado para “ficar quieto”.

Florez fazia parte da equipe de segurança do Hotel InterContinental, na Califórnia, quando as câmeras filmaram Diddy agredindo Cassie, em 2016. Ela deverá depor nesta terça (13), segundo o site NME. Semanas antes do julgamento, a defesa do cantor pediu que o vídeo não fosse usado pela acusação, alegando que a CNN teria manipulado as imagens.

A emissora, por sua vez, negou a história. Já no mês passado, o juiz Arun Subramanian decidiu que o vídeo poderia ser mostrado ao júri durante o julgamento. Conforme Florez, ele foi chamado para ajudar uma “mulher em perigo” no sexto andar do hotel, mas não reconheceu Cassie de imediato, ao contrário de Diddy.

“Ela estava assustada. Estava num canto, de capuz, toda coberta”, relatou a testemunha. “Não consegui ver o rosto dela. Ela estava praticamente num canto. No chão, havia um vaso de flores destruído”, acrescentou. Segundo o ex-segurança, os artistas estavam discutindo no momento de sua chegada.

Ação judicial movida por Cassie Ventura contra Diddy, seu ex, abriu caminho para novas acusações (Foto: Getty)
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Questionado sobre a postura de Combs na ocasião, Florez descreveu que o rapper vestia apenas uma toalha e estava com uma expressão “diabólica”. O policial afirmou que também viu a voz de “Me & U” tentando se afastar para pegar seu celular, em meio à briga. No entanto, Diddy teria dito que ela não podia ir embora.

No final, Florez contou que escoltou os dois até o quarto, onde segurou a porta com o pé para garantir que Cassie conseguisse sair. Foi quando Combs teria lhe oferecido dinheiro. O segurança se recordou das palavras do rapper: “Eu estava indo embora, e [Combs] me chamou. Ele tinha um saco de dinheiro, jogou em mim e disse: ‘Não conte a ninguém’”.

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A defesa argumentou que a quantia dada por Diddy foi uma tentativa do cantor compensar os danos causados ao hotel. No entanto, Florez garantiu que, na verdade, o vencedor do Grammy estava tentando suborná-lo.

O funcionário também revelou ter usado o celular para filmar o monitor de segurança do hotel. A justificativa é que iria mostrar o vídeo para sua esposa posteriormente. “Se eu tivesse contado à minha esposa o que aconteceu, ela não teria acreditado em mim”, argumentou Florez.

A gravação chocante foi divulgada pela CNN em maio de 2024, e mostra Diddy agarrando, empurrando, arrastando e chutando Cassie. O registro corresponde às acusações feitas contra o rapper em um processo movido pela vítima na Justiça dos EUA, em novembro do ano passado.

Assista [Atenção! Imagens fortes]: 

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O que dizem a defesa e a promotoria?

Na declaração inicial, a estratégia adotada pela defesa de Sean “Diddy” Combs foi admitir algumas de suas falhas pessoais. O advogado Teny Geragos reconheceu o comportamento “raivoso e violento” de seu cliente, e que parte das denúncias poderia se enquadrar como episódios de violência doméstica. No entanto, ele ressaltou que todos os relacionamentos do rapper foram consensuais, e que os parceiros se “amavam”.

Geragos também negou o envolvimento de Combs com tráfico sexual e extorsão. “É indefensável as evidências de violência doméstica, mas não de tráfico sexual (…) Cassie fez uma escolha, todos os dias, de ficar com ele”, declarou o advogado. A promotoria, no entanto, compartilhou detalhes gráficos relacionados às denúncias.

Eles incluíam ocasiões em que o réu teria chutado mulheres, puxado seus cabelos e arrombado portas de banheiros para alcançá-las. “O comportamento de Combs é mais do que apenas preferências sexuais de uma celebridade, mas foi coercitivo e criminoso (…) O réu tinha o poder de arruinar a vida de suas vítimas”, analisou um promotor.

Se condenado, Diddy pode ser sentenciado à prisão perpétua (Foto: Getty)
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Julgamento

Diddy responde por cinco acusações: duas de tráfico sexual, duas de transporte para fins de prostituição e uma de conspiração para extorsão. Ele se declarou inocente. Sua defesa sustenta que os atos foram consensuais entre adultos e nega que tenha havido coerção ou abuso.

O julgamento, conduzido pelo juiz Arun Subramanian, conta com oito promotores federais e já ouviu múltiplas testemunhas. Se condenado, Diddy pode ser sentenciado à prisão perpétua. Ele está detido no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn desde setembro.



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