Mulher que foi considerada morta por oito minutos detalha experiência: “Conheci outros seres”

Mulher que foi considerada morta por oito minutos detalha experiência: “Conheci outros seres”

Brianna Lafferty, moradora do Texas, nos Estados Unidos, revelou ter vivido uma experiência que mudou completamente sua percepção sobre a vida, e o que vem depois dela. No ano de 2017, aos 25 anos, Brianna sofreu uma parada em decorrência de um distúrbio neurológico raro, a distonia mioclônica.

Seu corpo simplesmente colapsou, e ela foi declarada clinicamente morte por oito minutos. Mas, segundo seu relato ao Daily Star nesta sexta-feira (23), esse curto espaço de tempo foi o suficiente para transformar tudo o que ela acreditava até então.

De repente, me separei do meu corpo físico. Não vi nem me lembrei do meu eu humano. Fiquei completamente imóvel, mas me senti plenamente viva, consciente e mais eu mesma do que nunca. Não havia dor, apenas uma profunda sensação de paz e clareza. Esse desapego da minha forma física me fez perceber o quão temporária e frágil é a nossa experiência humana. Existe uma presença, ou inteligência, superior a nós mesmos que nos guia e zela por nós com amor incondicional“, relatou.

Brianna contou que, logo antes desse momento, ouviu alguém perguntar se ela estava “pronta” e, em seguida, foi envolvida por uma completa escuridão. Sua alma “flutuou” para um lugar onde o tempo não existia. “Tudo acontece ao mesmo tempo ali, como se o tempo não existisse, mas como se houvesse uma ordem perfeita. Experimentei o início de tudo e aprendi que o nosso universo é composto por um amontoado de números“, disse ela.

Brianna atualmente escreve e dá palestras sobre sua experiência. (Foto: Reprodução/Facebook)

Ela afirmou ainda ter conhecido outros organismos. “Conheci outros seres que não tenho certeza se eram humanos, mas que me pareciam familiares. Isso mudou o curso da minha vida. O que eu temia não tinha mais poder sobre mim e o que eu costumava perseguir não parecia mais importante. Voltei com um senso de missão e profunda reverência tanto pela vida quanto pela morte“, declarou ao Daily Star.

Depois de retornar, ela desenvolveu uma percepção muito clara sobre a existência: a de que a consciência não se apaga com a morte. “Meus pensamentos se manifestaram instantaneamente na vida após a morte. Percebi que nossos pensamentos criam uma realidade lá, só leva tempo, o que é uma bênção. Somos capazes de transformar nossa negatividade em positividade, transformando isso em realidade. Sinto-me empoderada e confio nos acontecimentos da vida, especialmente nos difíceis“, comentou.

Olhando para trás, tudo é tão claro quanto ao motivo pelo qual sofri com doenças e outras lutas difíceis. Há a consciência de que tudo realmente acontece por um motivo, pois sigo o fluxo e não fico com raiva ou chateada quando coisas ruins acontecem“, acrescentou.

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O retorno à vida física, porém, não foi simples. Brianna precisou reaprender a falar, a andar e passou por uma cirurgia experimental na glândula pituitária, que havia sofrido danos severos. “Estou com um pouco de medo de ter outra experiência de quase morte, só porque a recuperação é difícil“, disse.

Atualmente com 33 anos, ela trabalha como guia de transição — um termo que escolheu para definir seu papel de apoiar pessoas nos seus últimos dias de vida. “Como guia de transição, eu ofereço uma gama abrangente e compassiva de serviços projetados para apoiar indivíduos e suas famílias nas transições profundas e muitas vezes desafiadoras que acompanham o fim da vida, doenças crônicas e o crescimento espiritual“, concluiu.



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