Aaron Carter: Polícia indica o que pode ter levado à morte do artista e detalha seus últimos momentos

De acordo com a publicação, havia várias latas de ar comprimido no quarto e no banheiro de Aaron. Muitas vezes, o item é comercializado como um spray para tirar poeira de lugares difíceis e equipamentos eletrônicos. A American Addiction Centers pontua que seu uso pode causar danos cerebrais permanentes e consequências a longo prazo. Além disso, policiais também encontraram pílulas de remédios com prescrição médica. Ainda é cedo para dizer se o uso das substâncias teria feito com que Carter se afogasse na banheira, mas tais fatores podem ser alguns sinais do que teria acontecido.

As autoridades também detalharam como foram os últimos momentos do ator. Segundo o relato, a última vez que ele foi visto com vida foi por volta das 2h da manhã da sexta-feira (4). Neste horário, a governanta do artista ouviu uma batida na porta, atendeu e viu que eram policiais checando se estava tudo bem com ele. Não se sabe quem os chamou. A funcionária chegou a abrir a porta, mas quando Aaron percebeu o que estava acontecendo, ele pediu que a polícia deixasse a casa e que a empregada não o incomodasse mais.

Ao longo do dia, a governanta não teria visto Aaron novamente. Já na manhã de sábado, ela foi até a porta do seu quarto para ver se ele queria café. No lado de dentro, o cachorro do artista estava bastante agitado. Então, a funcionária abriu a porta e se deparou com o corpo na banheira. O cheiro de decomposição e a cor anormal da água levaram a polícia a crer que o corpo já estava ali por muito tempo. Os jatos da banheira também estavam funcionando no momento em que Carter foi localizado.

A vida e a morte de Aaron Carter

O cantor e ator Aaron Carter foi encontrado morto na manhã deste sábado (5), em sua casa em Lancaster, na Califórnia. As autoridades receberam a ligação de emergência por volta das 11h (horário local), e enviaram agentes até a casa. Não há, por ora, evidência de crime. A investigação ainda apontará a causa da morte.

Aaron alcançou a fama no final dos anos 1990 como cantor pop. Na esteira dos passos de Nick Carter, seu irmão mais velho, o norte-americano começou a se apresentar aos sete anos e lançou o álbum de estreia, que levava seu próprio nome, em 1997. Na época, ele tinha nove anos. Sensação do pop, seu segundo projeto, “Aaron’s Party (Come Get It)”, de 2000, vendeu três milhões de cópias apenas nos Estados Unidos e atingiu o quarto lugar na Billboard 200. A partir daí, o jovem passou a fazer uma série de aparições na Nickelodeon. Ao todo, ele lançou quatro discos – mas, à medida que sua carreira musical progredia, Aaron migrou para o rap.

A estrela também chegou a fazer turnê com os Backstreet Boys durante seu auge. Nick, como se sabe, é um dos integrantes mais queridos da famosa boyband. Aaron também integrou o elenco de “Dancing With The Stars” e atuou na produção da Broadway “Seussical”. Há dois anos, ele se aventurou na indústria pornô, produzindo conteúdo adulto e criando até um OnlyFans, mas a proposta não foi para frente.

Carter teve uma série de problemas legais e de abuso de substâncias ao longo dos anos e acabou internado em clínicas de reabilitação várias vezes. Durante uma aparição no “The Doctors”, em 2019, ele revelou que havia sido diagnosticado com transtorno de personalidade, esquizofrenia, depressão maníaca e ansiedade aguda. Em setembro deste ano, fãs do astro suspeitaram que ele estivesse tendo uma overdose durante uma live no Instagram. Na ocasião, a polícia foi chamada, e os agentes disseram que encontraram o cantor dormindo quando foram até o local. Em 2006, sua irmã Leslie morreu pelo mesmo motivo.

Em dezembro do ano passado, nasceu seu único filho, Prince. O bebê é fruto de seu antigo relacionamento com Melanie Martin. Além da criança, Aaron deixa sua mãe, Jane Elizabeth Carter; e os irmãos Nick, Bobbie Jean, Virginia Marie e Kaden; além de sua irmã gêmea Angel.

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