Neste domingo (11), Narciso acusou Manuel de bater na mãe das crianças. Para a imprensa, Ranoque admitiu que teve brigas com a esposa, mas classificou como um assunto privado que não deveria ser “fofoca para o mundo“. Ele foi questionado se já agrediu Magdalena e, de acordo com a AFP, confessou. “Verbalmente, às vezes, sim. Fisicamente, muito pouco. Tivemos mais brigas verbais“, declarou Manuel.
Visitação
Manuel Ranoque também declarou que não tem permissão para ver Lesly e Soleiny, as crianças mais velhas das quais não é o pai biológico. Cáceres não quis explicar o motivo. “As crianças estão com uma defensora do ICBF. Ela é quem acompanha a família e eles organizaram turnos de acompanhamento. A defensora tem feito determinações em relação a esses turnos”, comentou Adriana Velasquez, diretora do instituto, à Radio W.
Ambiente seguro para recuperação
Para a AFP, Robert Sege, pediatra e diretor do Centro Médico Tufts, em Boston, nos Estados Unidos, disse que um ambiente seguro para que as crianças possam falar sobre o que aconteceu será o ponto principal na recuperação dos irmãos. “Nossos cérebros estão sempre tentando entender as coisas”, disse Sege. “E se estivermos em diferentes estágios de desenvolvimento, a maneira como fazemos sentido será diferente“, acrescentou.
Os familiares e as autoridades elogiaram Lesly, a irmã mais velha, por guiar o grupo e Sege comentou como será essa lembrança a longo prazo. “Deus me livre que a maioria dos adolescentes seja colocada nessa posição, mas ela claramente foi capaz de reunir seu juízo e descobrir o que precisava ser feito”, afirmou Sege. “É muito importante manter isso. As crianças, à medida que crescem, precisam se lembrar não apenas da tragédia, mas de como mantiveram o bebê vivo“, concluiu.