Amigo de bilionário desaparecido em excursão ao Titanic quase embarcou em submarino, e explica por que desistiu

De acordo com Brown, ele decidiu voltar atrás na viagem depois de analisar a qualidade da tecnologia e dos materiais usados para construir o submarino. Além disso, o multimilionário ficou preocupado ao saber que o submersível era controlado por um dispositivo semelhante ao modelo de 2010 de um console de videogame que agora é vendido por aproximadamente US$ 40 (em torno de R$ 190).

“Se você está tentando construir seu próprio submarino, provavelmente poderia usar velhos postes de andaime. Mas esta era uma embarcação comercial”, adicionou Brown. Ele explicou que após avaliar estes pontos decidiu pedir o seu dinheiro de volta. “Por fim, enviei um e-mail para eles e disse: ‘Não posso mais continuar com isso’. Pedi um reembolso depois de não estar convencido”, falou.

Segundo o New York Post, Brown disse que ele e Harding concordaram em fazer a expedição ao Titanic depois de tomarem “algumas cervejas” enquanto estavam em uma festa em uma ilha privada, em 2016. “Fui uma das primeiras pessoas a se inscrever para esta viagem com a OceanGate enquanto o submersível estava sendo desenvolvido”, revelou Chris.

Inicialmente a viagem custaria US$ 100 mil (cerca de R$ 476 mil), porém desde então o valor aumentou para US$ 250.000 (R$ 1,2 milhão). Os planos começaram a tomar um novo curso nos anos seguintes, quando foi informado que a OceanGate havia perdido alvos importantes ao testar a profundidade de Titan de 21 pés.

“Decidimos que os riscos eram muito altos neste caso, embora eu não seja do tipo que foge do risco”, afirmou Brown. “Estou muito chateado por Hamish – ele é um cara extremamente fácil de se conviver. Uma coisa é certa, Hamish não é o tipo de sujeito que entra em pânico. Ele estará extremamente calmo e processará planos, esquemas e ideias através de seu enorme cérebro. Espero que ele seja uma influência calmante para os outros no submarino e lhes dê esperança”, falou ele sobre o amigo.

Entenda o caso

Na manhã desta segunda-feira (19), a Guarda Costeira de Boston confirmou que um submarino que levava turistas para ver os destroços do Titanic perdeu contato no domingo (18) e desapareceu no Oceano Atlântico.

De acordo com a CNN, cinco pessoas estariam a bordo: o empresário bilionário e explorador britânico Hamish Harding, o especialista do naufrágio do Titanic, Paul-Henry Nargeolet, que já liderou cerca de 30 viagens ao navio histórico, o CEO da OceanGate, Stockton Rush, além do empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Sulaiman.

A OceanGate Expeditions, que opera o passeio, se pronunciou sobre o ocorrido em uma nota. “Estamos explorando e mobilizando todas as opções para trazer a tripulação de volta com segurança. Todo o nosso foco está nos tripulantes do submersível e suas famílias. Estamos trabalhando para o retorno seguro dos tripulantes”, declarou a empresa.

As buscas foram intensificadas pelas equipes de resgate nesta quarta (21), após a captação de ruídos subaquáticos. Os profissionais seguem em uma corrida contra o tempo, visto que há oxigênio restantes para a embarcação até a manhã desta quinta-feira (22). Mais recursos vão chegar “em um futuro próximo” para ajudar nas buscas, incluindo um especialista em salvamento subaquático da Marinha dos EUA, um navio da Marinha canadense com uma câmara de descompressão móvel e equipe médica. Eles devem chegar ao local até às 22h desta quarta.

 Segundo as equipes de resgate, acredita-se que existe a possibilidade da embarcação ter ficado presa nos destroços do Titanic. Recentemente, o jornalista David Pogue, que também já participou da expedição, revelou à BBC detalhes da embarcação e se há possibilidade de resgate. Saiba mais aqui.

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