Débora Nascimento detalhou o período de sua vida em que enfrentou uma anorexia. No papo com Tati Bernardi, no “Desculpa Alguma Coisa“, a atriz contou quando e como começou e as consequências que sofre até hoje. A estrela também relatou que sua mãe percebeu a situação e passou a monitorá-la.
Segundo Débora, isso ocorreu na época em que trabalhava como modelo, ainda adolescente. “Cheguei nesse momento que começou uma outra coisa. E eu falei: ‘Tenho que trabalhar como modelo pra poder ter uma oportunidade na vida. Eu preciso sobreviver’. Era a primeira coisa que eu pensava, que precisava sair dali [de onde morava]. Porque não era só o bullying na escola. Estava puxado [em casa]“, confessou.
“Junto com essa vontade, essa consciência que eu precisava sair dali [de onde morava], veio a percepção que eu tinha que emagrecer, vinha essa obrigação. Emagrecer porque eu tinha 90/91 cm de quadril, eu era bem magrinha, não tinha ainda aquele ‘boom’ hormonal. E aí foi quando eu tive, aos 16 anos, anorexia”, recordou Débora.
A atriz apontou que a doença ganhou tal proporção quando entendeu o biotipo escolhido para os trabalhos de modelo. “Eu vi que quanto mais magra eu estava, mais acontecia, mais eu tinha oportunidade de trabalho. Eu não fiz bulimia porque eu sabia que podia estragar minha voz e meus dentes. Não por questão da minha saúde. Era sobrevivência”, desabafou.
Na conversa, Nascimento admitiu que percebeu o estado agravante de sua saúde, mas não deu a devida importância. “Eu fiz o que achei que precisava fazer. Parei de comer, me definhei, fiquei doente e tudo mais para poder trabalhar. Eu percebi que estava doente, mas era ‘ok’ eu estar doente, porque não parei [de trabalhar]“, contou ela.
A artista ainda compartilhou uma situação delicada em que uma de suas amigas morreu por conta da anorexia. “Eu encontrei com ela um mês antes do falecimento dela, que era modelo também. E ela falou assim: ‘Estou trabalhando mais que tudo. Estou meio mal, meio doente’. E eu fiquei: ‘Mas o que você está fazendo? Porque eu quero também!’. Eu lembro muito bem disso, porque ficou marcado em mim. Depois de um ou dois meses, ela veio a falecer”, recordou.
Débora disse que deste momento em diante, sua mãe passou a observá-la mais e notar os sintomas da doença. “Minha mãe viu eu desmaiando e tudo mais. Foi quando ela parou e ficou me monitorando pra comer, ficou mais em cima de mim. Mas demorou um tempo pra eu ficar completamente saudável”, salientou. “Meu corpo tem ainda resquícios daquilo, porque tem todo o rebuliço hormonal que você passa. Uma sequela hormonal e psicológica”, completou.
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