Ricardo Mendes, viúvo da ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira, que faleceu na última semana, deu detalhes sobre a relação com a família da esposa. Nesta terça-feira (26), o corretor de imóveis conversou com Fábia Oliveira, do Metrópoles, e revelou que o cunhado o culpa pelo falecimento de Walewska. Na entrevista, Mendes voltou a explicar por que não compareceu ao velório e enterro da esposa.
Questionado se acha que a família da atleta o culpa pela morte dela, Ricardo descartou os sogros. “A família toda não. Eu amo meus sogros, sempre tivemos um excelente relacionamento. Creio que meu cunhado sim. Mas entendo a dor dele. O ser humano tem que achar sempre um culpado para tudo”, explicou. “Será que ninguém pensa em mim? Fiquei dois dias trancado dentro de um apartamento”, declarou.
Na entrevista, ele também falou novamente sobre a ausência no velório e enterro de Walewska. Segundo Ricardo, a passagem para ir até o sepultamento já estava emitida, porém um amigo, que foi seu padrinho de casamento, pediu para que ele não fosse.
De acordo com o corretor, partiu dos pais de Walewska, o pedido na intenção de evitar constrangimento com o cunhado Wesley Oliveira. “Assim que nosso padrinho de casamento, o Gu, disse para eu não ir, liguei pra ele. E ele me disse que o Sr. Geraldo, meu sogro que amo de paixão, disse que ele e a dona Cida me amavam como um filho e não queriam que eu passasse por um constrangimento com o Wesley, que estava transtornado”, revelou.
Walewska Oliveira faleceu na última quinta-feira (21), após cair do 17º andar do prédio que vivia com o marido em São Paulo. De acordo com o documento da Polícia Civil, as circunstâncias da morte serão investigadas, mas há hipótese de suicídio. Para a coluna, Ricardo também disse que está enfrentando um momento delicado e que jamais imaginaria o que aconteceu. “É o momento mais difícil de toda a minha vida. Não paro de chorar e pensar nela. Jamais pensaria que ela seria capaz disso”, disse Mendes.
No último fim de semana, o irmão da ex-jogadora afirmou ao UOL que não houve qualquer contato dos familiares com Ricardo. “Nem eu, nem meu pai, nem minha mãe. Todas as tratativas no IML, a liberação do corpo da minha irmã, como eu moro em São Paulo, eu fiz tudo sozinho. Ele não participou de nada, não pagou nada”, disse o piloto.
“Resolvi todas as burocracias, eu paguei todo o funeral. O marido da minha irmã não arcou com nada. Eu fiz o que tinha que fazer porque era minha irmã. Corri para o prédio no dia do incidente, resolvi todas as burocracias, eu paguei tudo. Tanto a parte do translado, até todos os custos gerais do funeral. No total foram R$ 20 mil de custos. O marido da minha irmã não arcou com nada”, completou.
A última conversa
Nesta segunda-feira (25), Ricardo havia falado pela primeira vez sobre a morte da esposa com a jornalista Patrícia Calderón, do UOL. De acordo com Mendes, ele teria desistido da separação caso soubesse das intenções da atleta. “Por todo o amor que eu tenho por ela, se eu soubesse que ela iria tomar essa decisão, eu anularia minha vida e os meus sentimentos para continuar com ela”, relatou.
Ricardo contou que, na noite anterior ao falecimento, eles tiveram uma “pequena discussão” sobre o relacionamento, mas sem agressão ou ameaças. Em depoimento à polícia, que consta no boletim de ocorrência, o viúvo confirmou que tinha pedido o divórcio à esposa, em decorrência de problemas na relação.
No dia da queda, eles teriam conversado minutos antes de Walewska cair do prédio. Por volta das 18h07, de acordo com um print do WhatsApp, a ex-jogadora teria encaminhado uma mensagem ao marido. “Amo você. Mas, acho que você já tomou a sua decisão”, escreveu. Imediatamente, Ricardo respondeu: “Também te amo”. Segundo as investigações, cerca de oito minutos após a troca de mensagens, ela teria caído.
Para o UOL, o viúvo disse que tiraram seu direito de se despedir de Wal. “Me tiraram o direito de me despedir do amor da minha vida. Estava com o bilhete aéreo emitido, um amigo da família disse que os pais dela orientaram eu não ir, até para preservar a todos pelo clima da tragédia”, declarou.
O corretor também rebateu a fala de Wesley sobre o custo do funeral. Ele disse que não foi contatado por ninguém e pretende restituir os valores gastos pela família. “Ninguém ligou para falar de valores. Pretendo restituir tudo. Não tive condições psicológicas de reconhecer o amor da minha vida, que está morta”, continuou.
Ricardo ainda apontou que a relação com Wesley sempre foi distante e que ele tinha “ciúme” da irmã. “A primeira vez que conheci o Wesley foi em Curitiba, há 19 anos. Ali, já senti que gerou um ciúme normal de irmão. Logo em seguida, fomos morar no exterior e lá ficamos por sete anos consecutivos. Ele (Wesley) não teve a chance de me conhecer melhor. Todas as vitórias e conquistas, eu estava ao lado da Wal. Acredito que isso só aumentou o ciúme que ele tinha da irmã”, concluiu.
IMPORTANTE: Se você ou alguém que você conhece está passando por dificuldades emocionais ou considerando o suicídio, ligue para o “Centro de Valorização da Vida” pelo número 188. O CVV realiza apoio emocional, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias. Para mais informações, clique aqui.
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