Sincerona! Kristen Stewart é a capa da nova edição da Variety e abriu o jogo sobre algumas experiências da carreira, entre elas as gravações de “As Panteras” e “Crepúsculo“. Em vídeo divulgado pela revista, a atriz confessou por que odiou gravar o remake das espiãs e ainda explicou como se sentiu ao fim dos cinco anos interpretando Bella Swan no cinema. Ela também destacou por que acredita que a obra de Stephanie Meyer tem um “subtexto queer”.
No quadro “Do You Know that Line?” (Você conhece essa fala?), no YouTube, Stewart tentou recordar suas falas mais icônicas no cinema, citando momentos de “Spencer“, “The Runaways”, a comédia romântica “Happiest Season” e, é claro, os clássicos “Crepúsculo” e “Branca de Neve e o Caçador”.
Entretanto, ao relembrar a cena de abertura de “As Panteras”, na qual sua personagem enforca um bandido com as pernas, ela não escondeu seu desconforto. “Queríamos uma abertura forte, sabe? Queríamos realmente transmitir sobre o que o filme tratava. Foi uma boa ideia… na época”, começou Kristen.
Stewart admitiu que a experiência não foi das melhores, especialmente devido ao seu amor pelos longas originais. “[Mas] eu odiei fazer aquele filme. Não sei mais o que dizer para você. Honestamente, as três [atrizes originais]… você não pode tocar nisso. Cameron [Dias], Lucy [Liu] e Drew [Barrymore]. Eu adoro aquele filme. Eu amo esse filme, se isso diz alguma coisa”, destacou.
A extensão de “Crepúsculo”
Ainda durante a dinâmica, a estrela recordou sua icônica fala do primeiro filme da franquia dos vampiros, no qual questiona Edward (Robert Pattinson) sobre sua idade. Em tom divertido, Kristen admitiu que seu tempo como Bella – cinco anos ao todo, para englobar os quatro longas – foi um tanto exaustivo.
“Comecei com 17 anos e terminei com [22]… Cinco anos. Ficar com algo por tanto tempo não é uma coisa muito artística de se fazer. Todos nós [atores] temos essa natureza inconstante, quero experimentar todos os sapatos e eles foram os mesmos sapatos por tanto tempo. Foi uma experiência alucinante criar algo que estivesse inteiramente ao redor e a serviço de algo que as pessoas tanto amavam”, disse ela.
A atriz não deixou a franquia sem ficar marcada e, atualmente, tudo o que consegue ouvir ao tentar relembrar os filmes é o nome “Bella” sendo dito de forma rouca. “A natureza gutural da palavra Bella, o nome Bella, não consigo ouvir o nome Bella. Todo mundo se refere constantemente a ela, mesmo que ela não esteja em cena… Eu fiquei tipo: ‘Chega. Bella precisa ir para a cama. Bella precisa apenas relaxar um pouco’”, contou Kristen, aos risos.
Ainda em conversa com a revista, Kristen observou que somente anos após se assumir bissexual publicamente, ela consegue enxergar que “Crepúsculo” – o projeto mais ostensivamente heterossexual que ela já fez – também tem um subtexto “gay” por trás da história.
Ao olhos da atriz, sua presença na franquia fez com que uma mensagem queer, apesar de não explícita, “se infiltrasse” na obra. “Só consigo ver agora”, admitiu ela. “Não acho que necessariamente tenha começado assim, mas também acho que o fato de eu estar lá [fez com que o subtexto queer] se infiltrasse. É um filme tão gay. Quero dizer, Jesus Cristo, Taylor [Lautner], Rob [Pattinson] e eu, e isso é tão escondido e não está certo. Quero dizer, uma mulher mórmon [Stephanie Meyer] escreveu este livro. É tudo uma questão de opressão, de querer o que vai destruir você. Essa é uma inclinação muito gótica e gay que eu adoro”, afirmou.
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