A depressão é um transtorno do humor que provoca sentimentos persistentes de tristeza e uma perda geral de interesse pela vida. Alguns sinais da depressão incluem perda de apetite, perda ou aumento significativo de peso, alterações nos padrões de sono, falta de energia, dificuldade de concentração e dores inexplicáveis.
Existem alguns gatilhos para aquelas pessoas que tem tendência a depressão como: isolamento social, o estresse, o histórico familiar de depressão, problemas de relacionamento familiar ou social, dificuldades financeiras, traumas de infância ou abusos sofridos, álcool, drogas e determinadas condições de saúde.
Ainda não se sabe ao certo uma causa específica da depressão. No entanto, vários fatores podem contribuir, incluindo:
- Diferenças cerebrais físicas – pessoas com depressão podem ter alterações físicas em seus cérebros.
- Desequilíbrios químicos – já que as funções do cérebro são cuidadosamente controladas por um delicado equilíbrio de substâncias químicas e neurotransmissores. Por isso, se esses produtos químicos mudarem, você pode desenvolver sintomas de depressão.
- Alterações hormonais – alterações nos hormônios também podem causar sintomas de depressão. Hormônios podem mudar devido a problemas de tireoide, menopausa ou outra condições.
- Problemas pessoais – a perda de um ente querido, o fim de um trabalho ou um relacionamento, estresse financeiro, bem como traumas quaisquer podem desencadear a depressão.
- Genes – Se um parente próximo foi diagnosticado com depressão, você pode ter uma predisposição genética para o desenvolvimento de depressão também.
Além disso tudo, as deficiências nutricionais também contribuem para o risco de depressão. Pesquisadores descobriram que as pessoas que sofrem de depressão e transtornos do humor apresentam carência não só de um, mas de vários nutrientes. Por isso é tão importante ter uma alimentação adequada e rica em nutrientes.
Nutrientes para Depressão
Ácidos Graxos Ômega-3
Os ácidos graxos ômega-3 oferecem numerosos benefícios à saúde. Eles desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e funcionamento do sistema nervoso central. O ômega-3 DHA é fundamental para a estrutura das células do cérebro, enquanto o ômega-3 EPA tem impacto na função dos neurônios e na redução de inflamações.
A deficiência de ácidos graxos ômega-3 piora quadros depressivos. Pesquisadores apontam que a ingestão adequada de ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 e as intervenções dietéticas com suplementos de ácidos graxos ômega-3 podem ajudar a prevenir e curar a depressão.
Vitamina D
De acordo com estudos científicos, pessoas com depressão tendem a ter baixos níveis de vitamina D. Por isso, aumentar os níveis dessa vitamina pode aliviar os sintomas da doença.
A falta de vitamina D é associada tanto com a depressão quanto com a demência e o autismo. Esta vitamina ajuda na produção de serotonina, o hormônio do cérebro associado com o humor e a sensação de felicidade. Um nível adequado de serotonina ajuda a prevenir e curar a depressão leve.
A deficiência de vitamina D é comum entre os idosos, adolescentes, indivíduos obesos e pessoas com doenças crônicas. Essas pessoas, portanto, têm maior risco de depressão. Os níveis adequados para se valer dos benefícios são de 40 a 60 no exame.
Magnésio
O magnésio é outro nutriente importante cuja falta pode levar à depressão. Ele ajuda a ativar as enzimas necessárias para a produção da serotonina e da dopamina, além de influenciar vários sistemas associados com o desenvolvimento da depressão. O magnésio ainda mantém os ossos saudáveis e reduz a ansiedade e a pressão sanguínea.
A deficiência de magnésio está entre as principais causas de depressão maior e de problemas de saúde mental, incluindo a perda de QI. O Brasil tem deficiência de magnésio no solo, portanto a suplementação desse nutriente é ainda mais fundamental.
Zinco
Nos últimos anos foi descoberto que o zinco é uma peça chave na neurotransmissão do sistema nervoso. Assim como o fato de sua consequente carência estar associada à depressão, à astenia e a outras doenças.
O consumo de zinco é muito recomendado quando a depressão está relacionada com o início da menopausa, já que este oligoelemento também pode regular as mudanças hormonais.
O zinco aumenta a produção dos neurotransmissores e seu funcionamento, além de estar envolvido em mais de 250 vias bioquímicas que dão suporte às funções de diversos órgãos. A depressão está associada a uma concentração menor de zinco no sangue periférico.
Vitamina C
A vitamina C é fundamental para fortalecer o sistema imunológico, porém também exerce uma função muito importante sobre o sistema nervoso. Já sua carência pode provocar sensação de fadiga e tristeza.
Caso se tenha um deficiência leve, o dano pode até não ser importante. Contudo, se for crônica e vier associada com outros fatores, pode desencadear estados depressivos.
Também é recomendável tomar vitamina C nos estados de estresse físico e mental importantes, visto que pode ajudar a prevenir a oxidação gerada no organismo. A vitamina C pode influenciar nos estados de ânimo negativos.
Selênio
O selênio é essencial para o funcionamento do cérebro e ajuda a melhorar o humor e os sintomas depressivos. Além disso, desempenha um papel fundamental no funcionamento adequado da tireoide.
A baixa ingestão de selênio tem relação com risco de transtorno depressivo maior. Boas concentrações de selênio estão associadas com baixos sintomas depressivos e com menor humor negativo entre os jovens adultos.
Vitamina B12
Pessoas com depressão respondem melhor ao tratamento quando possuem níveis mais altos de vitamina B12.
Isso porque a vitamina contribui para o metabolismo celular. Além do mais, ela também é responsável pela regulação de vários processos corporais. Inclusive, é uma das vitaminas essenciais na produção de serotonina, o químico cerebral responsável pela regulação do humor, e por isso, melhora os sintomas de depressão.
A vitamina B12 ajuda ainda a manter mais baixos os níveis de homocisteína, um subproduto do metabolismo proteico. Os pacientes com sintomas depressivos que foram tratados com suplementação de vitamina B12 e com antidepressivos mostraram significativa melhora.
Folato
O folato, uma vitamina B solúvel em água, é necessário para a correta biossíntese dos neurotransmissores serotonina, adrenalina e dopamina. A falta de ácido fólico na alimentação pode afetar a saúde mental e levar à depressão. Além disso, um nível baixo de folato no corpo é capaz de diminuir o efeito de vários fármacos antidepressivos. O folato pode também ajudar a prevenir defeitos congênitos, doenças do sangue e tumores. Doses orais de folato e de vitamina B12 deveriam ser usadas para melhorar os resultados do tratamento da depressão.
Vitamina B6
Não apenas a vitamina B6 está implicada no controle de sintomas como a ansiedade ou a depressão, como sua carência pode provocar irritabilidade.
A vitamina B6 (e também outras vitaminas do complexo B) atuam na produção de certos neurotransmissores, que são importantes na regulação do humor e de outras funções cerebrais. A vitamina B6, ou piridoxina, é o cofator de enzimas que convertem o L-triptofano em serotonina, portanto a deficiência de vitamina B6 pode resultar em depressão. Ajuda a produzir e controlar os produtos químicos que influenciam o humor e outras funções cerebrais.