Mensagens e investidas chocantes da stalker de Débora Falabella são reveladas após desabafo da atriz; veja tudo

Em outras conversas, a suspeita chegou a pedir desculpas para Débora pelo comportamento ao longo dos anos. O caso teve início em 2013, no Rio de Janeiro, quando a então fã entrou no mesmo elevador que a estrela e pediu uma foto. Depois disso, a situação agravou-se e tomou um caminho um tanto quanto inconveniente.

Nos dias que se seguiram, a mulher enviou diversos presentes ao camarim de Falabella, como uma toalha branca, objetos e uma carta com teor íntimo e invasivo. Em 2015, a eterna Nina de “Avenida Brasil” estava com uma peça no Sesc Copacabana. A stalker, por sua vez, aguardou em um local restrito do teatro e tentou forçar a entrada no camarim da atriz, mas foi retirada à força por seguranças.

À época, Débora registrou a ocorrência em uma delegacia pelo delito de ameaça, mas não continuou com o processo. Três anos depois, em outro episódio de perseguição, a mulher apareceu na primeira fileira de uma peça que a artista estava apresentando na cidade de São Paulo. Assim que ela entrou em cena, a suspeita se levantou e saiu do estabelecimento.

Foi em 2022 que a stalker criou um grupo no Instagram com Falabella e a irmã, e passou a enviar diversas mensagens. “Ela me disse o endereço dela do mesmo jeito que eu converso, transo com ela. E não vem nem olhar na minha cara. Cynthia, o bicho vai pegar. Eu nunca te incomodei, mas veja se você faz algo por mim”, escreveu ela em um trecho.

Em outro, a mulher falou sobre viver uma “loucura telepática” com a veterana da TV. “Às vezes apago você de mim e você me apaga de você. Mas em outras épocas, você me aparece tão firme e presente na minha vida, nas nossas vidas; o quanto gostaria de compactuar essa loucura telepática, se assim posso dizer. Você não mudou, eu sou amante do seu sucesso e vejo a vida como eu quero. Eu compro o que a infância sonhou”, declarou.

Em seguida, ela direcionou a mensagem para Débora e a irmã dela. “Só não me venham com hipocrisia. Debinha, Debinha, te cuida, minha querida. Eu preciso da ajuda de vocês”, pediu. Veja:

Momento de pânico

Segundo a defesa da artista, o momento de maior pânico aconteceu em julho de 2022, quando a suspeita, moradora do Recife, em Pernambuco, apareceu na porta do condomínio de Débora na capital paulista. Imagens das câmeras de segurança registraram a mulher chegando de carro no endereço e com malas de viagem.

Durante alguns minutos, ela permaneceu observando o apartamento da atriz, até que se dirigiu à portaria e pediu para entrar, mas não foi recebida. No início da noite do mesmo dia, a pernambucana voltou ao local e chegou a encontrar uma funcionária de Falabella passeando com um cachorro. Foi quando ela disse ter “encontros telepáticos” com a famosa, além de gritar seu nome.

O episódio motivou a apresentação de uma queixa criminal contra a mulher pelo crime de perseguição, ou stalking, que tem pena de 6 meses a 2 anos. Apesar da medida tomada, a moça insistiu em perseguir Débora. Em dezembro do mesmo ano, por exemplo, ela descobriu o endereço de uma pousada na Bahia em que artista passava férias e novamente tentou fazer contato por intermédio da proprietária do estabelecimento.

Quando voltou a São Paulo, Débora descobriu que havia recebido uma encomenda enviada pela stalker. Era o livro “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare, um romance em que os protagonistas da história morrem, acompanhado de uma mensagem: “Para o meu Romeu, com muito amor”.

Medida protetiva e mensagens

Após o respectivo episódio, a Justiça de São Paulo concedeu uma medida protetiva em favor de Débora Falabella, e proibiu a suspeita de manter contato com ela por qualquer meio de comunicação, além de frequentar os mesmos lugares que a atriz. Uma outra exigência era que a pernambucana estabelecesse uma distância mínima de 500 metros, sob pena de prisão.

Em junho de 2023, o Ministério Público ofereceu a possibilidade de denúncia, que foi recebida pela Justiça, o que tornou a suspeita ré pela prática de perseguição contra Falabella. Além disso, o juiz instaurou um incidente de insanidade mental para verificar se a mulher tinha ou não plena ciência dos atos praticados por ela e, consequentemente, se ela poderia cumprir algum tipo de pena em caso de condenação.

No entanto, em setembro, ela descumpriu as medidas protetivas ao entrar em contato com Débora tanto pelo Instagram quanto pelo WhatsApp. Nas mensagens, ela pediu desculpas por seu comportamento e afirmou que a vida dela “não tinha sentido” sem poder acompanhar os trabalhos da atriz.

“Débora, queria te pedir infinitamente desculpas, perdão por todos esses anos não ter tido a coragem de conversar com você quando me chamou mais de uma vez pra gente se conhecer. Queria fazer mil reparos na relação que tive até agora contigo. Não deixa eu ficar com uma medida protetiva de distanciamento, eu gosto muito de você, do seu trabalho. Minha vida não tem mais sentido quando penso que nunca mais vou poder assistir a uma peça sua. Queria tanto sentar um dia e ter uma conversa franca. Te amo e nunca te faria mal”, declarou.

Em outro aplicativo de conversas, a stalker sugeriu, ainda, um encontro presencial com Falabella. “Fico muito triste com tudo. Tenho vontade de lhe conhecer. Vamos marcar um chá para colocar esse processo nos acordos e aí, se é mesmo o que você quer, não lhe procuro mais mesmo”, salientou. Minutos depois, após não receber nenhuma resposta, ela acrescentou: “Qual sua mensagem de veredito final na minha vida? Me ajuda, né. Eu sou apaixonada por você e não lhe esqueço. Me ajuda, Débora Falabella”.

Veja tudo:

Prisão de stalker

Diante do descumprimento do que fora deferido pela Justiça, a defesa de Débora pediu a prisão preventiva da mulher, que foi acatado pelo Ministério Público e pela Justiça. No entanto, depois da expedição do mandado, surgiu a informação de que ela estaria internada em uma clínica psiquiátrica.

A defesa da acusada relatou que interromper o tratamento a levaria a um novo surto psicótico, mas os defensores de Falabella não concordaram com a justificativa e reiteraram o pedido de prisão. O MP, então, solicitou novamente uma avaliação psiquiátrica da suspeita, uma vez que ela não compareceu aos exames agendados em duas datas, além de concordar com a prisão preventiva.

Em fevereiro de 2024, então, a stalker da atriz foi detida preventivamente no Recife. A pernambucana requisitou a revogação da prisão e alegou transtornos mentais (esquizofrenia e bipolaridade). A Justiça, porém, negou o pedido e ratificou a necessidade de realização de um exame psiquiátrico.

Logo, ao final de março, a mulher foi submetida a uma perícia psiquiátrica, sendo diagnosticada com esquizofrenia. Após a divulgação do laudo pericial que a considerou inimputável (incapaz de compreender a ilicitude de seus atos), a prisão preventiva dela foi revogada. Apesar da decisão, ela ainda deve cumprir todas as medidas cautelares de afastamento de Débora, sob pena de internação provisória.

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