Mulheres compram pílulas com ovos de tênia na dark web para perder peso; médico faz alerta e cita caso chocante

Mulheres compram pílulas com ovos de tênia na dark web para perder peso; médico faz alerta e cita caso chocante

Médicos estão indo ao YouTube para alertarem sobre o uso das pílulas de ovos de tênia. Segundo os especialistas, o produto está sendo vendido ilegalmente na dark web como uma solução rápida para a perda de peso. O consumo, entretanto, pode provocar doenças graves e até a morte.

As tênias são parasitas que se alojam no intestino humano, geralmente, através da ingestão de carne malcozida. Uma vez dentro do corpo humano, elas consomem parte das refeições pós-mastigadas pelo hospedeiro, desencadeando a perda de peso, assim como diarreias e vômitos. Estima-se que uma tênia pode chegar a mais de 10 metros.

Embora não esteja claro o quão comumente era usada, a prática de ingerir os ovos de tênia é antiga, tendo registros desde a era vitoriana, ou seja, durante o reinado da rainha Vitória, entre 1837 e 1901, de acordo com o New York Post.

O alerta atual é fazer com que os consumidores saibam que o método pode levar à liberação dos ovos na corrente sanguínea e, consequentemente, ao cérebro, causando convulsões potencialmente fatais.

Pílulas de ovos de tênia são vendidas ilegalmente na dark web. (Foto: Reprodução/YouTube)

Em seu canal no YouTube, o médico Bernard Hsu relatou o caso de uma mulher que comprou as cápsulas de ovos de tênia com criptomoedas. A paciente de 21 anos, chamada apenas de “TE”, estava com dificuldades para emagrecer da forma convencional, através de exercícios e alimentação saudável. Ela foi atraída por um anúncio nas redes sociais, com fotos convincentes do antes e depois de uma pessoa.

TE ficou intrigada. Um método ‘proibido’ é aquele que deve ser tão bom e tão poderoso que é o único segredo verdadeiro que ela precisa saber. TE não perdeu tempo, tomou dois comprimidos e logo viu os resultados“, disse Hsu. Devido ao uso, a mulher passou a ter cólicas estomacais e presenciou algo chocante no banheiro.

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Em uma noite, a mulher sentiu como se alguma coisa estivesse batendo em sua bochecha pela parte interna. No banheiro, quando ela estava prestes a dar descarga, olhou para trás e observou pedaços retangulares e bronzeados flutuando no vaso sanitário, saindo de suas fezes. “TE” ignorou novamente e acreditou que poderia ser gordura sendo eliminada de seu organismo.

Semanas depois, ela encontrou um caroço em seu queixo e, ao pressioná-lo, acabou desmaiando. Após acordar do incidente, “TE” sentiu uma pressão no crânio e, consequentemente, passou a ter intensas dores de cabeça. Foi então que decidiu ir ao hospital. A mulher foi submetida a diversos exames e testes em seu líquido cefalorraquidiano – que se acumula entre a coluna e ao redor do cérebro, auxiliando no fluxo sanguíneo.

“TE” apresentou dores abdominais e amnésia. (Foto: Reprodução/YouTube)

Os resultados apresentaram o dobro da pressão necessária do líquido, entretanto, os médicos acreditaram que poderia se tratar de uma infecção viral indetectável. Eles prescreveram medicamentos para controlar o inchaço e liberaram a mulher logo em seguida. Na semana seguinte, porém, as dores pioraram e “TE” passou a apresentar sintomas de amnésia, o que a levou de volta para o hospital.

Questionada sobre suas dietas e hábitos, ela confessou o consumo das pílulas de ovos de tênia. Diante da revelação, os médicos detectaram a presença de tênias pertencentes a duas espécies, a Taenia saginata e a Taenia solium. Enquanto a primeira possui ovos semelhantes ao notados no vaso sanitário, a segunda foi confirmada como a causa dos problemas do cérebro da mulher.

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Hsu acrescentou que há casos de alterações na visão, mudanças de personalidade e diminuição da função cognitiva por conta da pressão exercida pelos inchaços. “Em um ser humano saudável, a perda de peso com dieta e exercícios é fisicamente possível, e isso apresenta muito menos riscos do que deixar organismos extras viverem intencionalmente dentro de você“, alertou.

Segundo ele, “TE” foi medicada e, após três seis meses, não apresentou mais sintomas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que cerca de 2,5 milhões de pessoas são infectadas com Taenia solium a cada ano, especialmente nos países da Ásia, América do Sul e Europa Ocidental. Assista ao vídeo:



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