Justiça condena Voepass e Latam a pagar pensão para viúvo de comissária morta em acidente em Vinhedo

Justiça condena Voepass e Latam a pagar pensão para viúvo de comissária morta em acidente em Vinhedo

O viúvo de Débora Soper Ávila, comissária de bordo vítima do acidente aéreo em Vinhedo (SP), em 9 de agosto, receberá uma pensão. Segundo o UOL, nesta quinta-feira (14), a Justiça do Trabalho condenou a Voepass e a Latam ao pagamento de R$ 4.089,97 mensais a Marcus Vinícius Ávila Sant’anna, sob pena de multa de 10% em caso de atraso. Entretanto, o caso ainda cabe recurso.

O valor corresponde a dois terços do último salário recebido pela funcionária da companhia aérea. O juiz Luiz Roberto Lacerda dos Santos Filho decidiu que o pagamento deve ocorrer a partir de janeiro de 2025, e o primeiro valor inclui o mês integral de dezembro e os dias proporcionais de novembro, desde a data da decisão. Os advogados do viúvo argumentam que ambas companhias podem ser processadas em ações referentes ao acidente do voo 2283, porque ambas dividem rotas aéreas, em um acordo conhecido como “codeshare”.

O avião da Voepass caiu no dia 9 de agosto. (Foto: Reprodução/ Globo)

A 1ª Vara do Trabalho de Ribeirão Preto entendeu que havia dependência financeira do marido em relação à vítima. “Ainda que seja uma decisão liminar – a ser reavaliada ao final do processo – a condenação da Voepass e da Latam ao pagamento de pensionamento ao viúvo da vítima é medida fundamental para o amparo financeiro e emocional de seus herdeiros“, disse Thalles Messias de Andrade, advogado da família da comissária, junto com Leonardo Orsini de Castro Amarante.

O viúvo, o pai, a mãe e o irmão da vítima pedem, ainda, indenização por danos morais no valor de R$ 4.318.992. Os advogados acreditam que o pagamento será concedido. “O deferimento [da pensão] já é um indicativo da procedência dos pedidos que o juiz vai dar a indenização“, opinou Andrade.

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Uma família que entrou por engano no avião durante o embarque contou como a ajuda da comissária foi essencial para solucionar o erro. Fernando Morais, a esposa e o filho de um ano detalharam o trâmite de troca de aeronave, e relataram que a comissária foi solícita durante a confusão. “O rosto dela não sai da minha cabeça, ajudou muito a gente ali”, apontou. “As comissárias Débora e a Rubia, que faleceram, elas ficaram com a gente durante todo esse tempo, nesse trâmite de aguardar chegar o transporte, ajudaram a gente com as malas, com o Benício (filho do casal). Inclusive, tem um vídeo que eu fiz do Benício dentro desse avião”, acrescentou.

Débora era formada em Recursos Humanos, e trabalhou em uma clínica de estética antes de virar comissária de bordo. Ela tinha 28 anos, era casada há três e trabalhava na Voepass desde março do ano passado.



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