Laudo revela o que matou três pessoas da mesma família em almoço no PI, e avó levanta suspeita; assista

Laudo revela o que matou três pessoas da mesma família em almoço no PI, e avó levanta suspeita; assista

Uma tragédia abalou uma família no Piauí no primeiro almoço do ano. De acordo com laudo obtido pelo “Fantástico”, a comida do primeiro almoço em família foi envenenada. Três pessoas morreram e outras duas estão em estado grave. A polícia revelou que havia chumbinho no arroz servido durante a refeição, e agora investiga quem foi o responsável.

Francisca Maria e sua filha de quatro anos continuam internadas após ingerirem os alimentos contaminados. As meninas foram transferidas de Parnaíba para um hospital em Teresina. A avó das crianças, Maria dos Aflitos da Silva, optou por não almoçar naquele dia, e presenciou cenas de desespero ao redor da mesa.

“Terminaram de comer e meu menino já começou a passar mal, e aí foi um atrás do outro, não sabia o que fazia. Se acudia um ou se acudia o outro”, relata Maria ao “Fantástico”.

Não é a primeira tragédia que envolve envenenamento na família. (Foto: Reprodução / TV Globo)

Manuel dos Santos, de 18 anos, filho de Maria, faleceu ainda no trajeto para o hospital. Já Igno Davi, de 1 ano e 8 meses, e Maria Lauane Fontenele, de 3 anos, filhos de Francisca Maria, também não resistiram e vieram a óbito na unidade de saúde. Outras quatro pessoas tiveram sintomas mais leves. “Perder quase toda a família não é algo fácil”, lamentou Maria.

Duas pessoas da mesma família morreram por envenenamento no Piauí. (Foto: Reprodução/g1)

O cardápio do almoço de Ano Novo estava, à primeira vista, sem problemas. Maria de Fátima Silva, que ajudou a preparar a refeição, afirmou que tudo parecia normal. “A gente fez o arroz, quem fez foi eu. A gente fez o feijão tropeiro, fiz o baião, todo mundo jantou, ninguém passou mal, nada. Todo mundo normal”, explicou.

Além disso, os peixes que estavam no prato foram dados por um casal que faz doações para a comunidade. “Aqui mesmo dentro da minha própria casa, a gente consumiu manjuba. Gente que trabalha pra gente consumiu manjuba no mesmo dia e não passou mal”, disse o casal doador.

A descoberta do veneno

Após exames realizados pela Polícia Científica do Piauí, foi confirmada a presença de terbufós, uma substância altamente tóxica, usada em pesticidas e agrotóxicos. “Qualquer quantidade já faz mal, qualquer uma. Ela afeta a transmissão dos estímulos nervosos em todo o corpo. Dando crise convulsiva, falta de ar, dores cólicas abdominais, inclusive afeta o coração também”, explicou Antônio Nunes Pereira, perito-geral do departamento de polícia científica-PI.

O terbufós é uma das substâncias encontradas no chumbinho, um veneno contra ratos, que também foi a causa da tragédia que atingiu a mesma família em 2023, quando dois meninos morreram após ingerirem cajus envenenados por uma vizinha.

Em 2023, dois filhos de Francisca Maria morreram após comerem cajus envenenados. (Foto: Reprodução / TV Globo)

Embora não haja evidências de que este caso tenha qualquer ligação com o ocorrido no ano passado, a polícia segue trabalhando para entender quem colocou o veneno na comida da família. O delegado Abimael Silva afirmou: “Alguém colocou a substância no arroz no dia 1º. A gente entende que houve uma intenção de colocar essa substância na comida deles e a gente vai partir para uma investigação de homicídio, descartando morte natural ou acidental”.

Continua depois da Publicidade

A possibilidade de envolvimento de algum membro da família ainda está sendo analisada, mas a avó das crianças, Maria, descarta essa ideia. Ela acredita que o autor do crime tenha sido alguém que invadiu a casa durante a madrugada.

Essa porta aqui não tem segurança, a porta da frente muito pior, o portão é só empurrar e entrar que ninguém escuta nada. E todo mundo dormindo. Tem capacidade de alguém ter entrado aqui e ter botado o veneno na comida”, finalizou dona Maria.



Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques

Artigos Recomendados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *