O fundador do SBT, Silvio Santos, faleceu em agosto de 2024, deixando uma fortuna avaliada em R$ 6,4 bilhões para suas herdeiras. O valor foi confirmado tanto pelo escritório de advocacia que representa a família quanto em documentos judiciais. Entre os beneficiários estão sua viúva, Iris Abravanel, e as filhas Patrícia, Rebeca, Cintia, Silvia, Daniela e Renata.
De acordo com informações de Gabriel Vaquer, da Folha de S. Paulo, uma disputa judicial teve início após o governo do estado de São Paulo exigir o pagamento de R$ 17 milhões em impostos como condição para liberar R$ 429 milhões mantidos por Silvio no exterior. Em resposta, as herdeiras recorreram à Justiça e obtiveram uma liminar que suspende temporariamente a cobrança até uma decisão definitiva.
Atualmente, a família Abravanel enfrenta duas ações judiciais: uma relacionada à distribuição dos bens deixados por Silvio Santos e outra, de maior complexidade, envolvendo a tributação da transmissão desses bens.
Estrutura do inventário
Segundo documentos divulgados, o inventário de Silvio Santos é distribuído em seis holdings principais: SS Participações (R$ 5,5 bilhões); Sisan Participações (R$ 868 milhões); Sisan Empreendimentos (R$ 2,6 milhões); Hemusa Participações (R$ 1,8 milhão); Hemusa Empreendimentos (R$ 464 mil) e a DPR (R$ 10,7 milhões).
Além disso, o inventário inclui recursos mantidos no exterior e outros patrimônios declarados, que somavam pelo menos R$ 3,9 bilhões em bens, imóveis e empresas à época do falecimento.
A Justiça de São Paulo já sinalizou os próximos passos, sugerindo uma audiência de conciliação para tentar resolver o impasse entre a família e o governo de São Paulo. Essa reunião tem como objetivo buscar um acordo que abranja as duas ações em andamento. No entanto, até o momento, não há previsão de quando essa audiência será realizada.
Questionada sobre o caso pela Folha de S. Paulo, a equipe jurídica da família não se manifestou.
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