Luciano Huck revela como votou em 2018, e analisa decisão: “Votaria de novo”; assista


Luciano Huck foi o convidado do “Conversa com Bial”, da madrugada desta quarta-feira (16), e revelou seus planos para o futuro. Pela primeira vez, o apresentador falou sobre como votou em 2018 e explicou o motivo pelo qual escolheu seguir na televisão ao invés de se aventurar em uma possível candidatura.

O dono do “Caldeirão do Huck” opinou sobre o cenário político atual e disse ter votado em branco nas eleições de 2018. O marido de Angélica demonstrou não se arrepender da decisão. “Ninguém nunca me perguntou isso diretamente, mas eu não vou me furtar da resposta, porque acho que hoje em dia no Brasil você não se posicionar é você compactuar com o que tá acontecendo. Eu votei em branco na última eleição, é o que eu devia ter feito e fiz com bastante tranquilidade. Os dois candidatos que se apresentavam naquela época, eu não me sentia representado por nenhum dos dois. Votei em branco e votaria em branco de novo”, contou.

Em 2018, um dia antes das eleições, Huck declarou que jamais votaria no Partido dos Trabalhadores, e apontou para um possível amadurecimento de Jair Bolsonaro. “Não sou a favor de nenhum candidato, pelo amor de Deus. Vou explicar de novo, tá? Eu fiz uma análise ao longo da semana da minha opinião sobre as duas candidaturas, os dois problemas que eu vejo nelas. No PT, eu jamais votei e jamais vou votar. Isso é fato. O Bolsonaro, de novo, não estou falando que… eu levantei os problemas [de Bolsonaro] e acho, sim, que as pessoas podem amadurecer. É o que eu estou falando. Vamos ver o que vai fazer. [Ele] tem uma chance de ouro, né? De ressignificar a política no Brasil“, pontuou ele, na ocasião.

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No “Conversa com Bial”, o apresentador continuou opinando sobre o atual cenário: “Nesse momento, acho que a gente não tá falando sobre A ou B, de sicrano ou beltrano, a gente tá falando sobre quem defende a democracia e de quem ataca a democracia. E eu acho que a democracia foi uma conquista. Quem a defende estará de um lado, quem não defende está do outro. E eu estarei sempre, em qualquer tempo, do lado da democracia”.

Pedro Bial quis saber se Luciano acreditava ser possível o surgimento de um terceiro nome para as eleições de 2022, ou se apenas Lula seria viável para compor a oposição. “Em meio à pandemia, do jeito que a gente tá hoje, com uma narrativa negacionista potente, que nos atrapalha, eu realmente acho que não é hora de debater eleições ou nomes. Acho que temos que debater ideias para os problemas que temos que enfrentar na educação, geração de renda, emprego. Nesse momento, você querer dar nome aos bois, fulanizar as soluções dos nossos problemas, é jogar o debate numa vala mais rasa, pessoalmente falando”, avaliou.

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Bial afirmou ainda que, “há cinco anos”, os brasileiros esperavam essa resposta de Luciano: ‘TV ou política?’. “Vou ser muito franco aqui. Acho bom deixar a fotografia bem clara. Nunca me lancei candidato a nada. Então, não estaria me retirando de nada. Acho que posso explicar o que está acontecendo: estou há 21 anos como um homem de comunicação, rodando o país inteiro por causa do Caldeirão do Huck e isso me colocou diante de uma realidade muito forte deste país“, começou o paulistano, que aceitou a difícil missão de substituir Faustão aos domingos a partir de 2022.

O comunicador relatou que, em todos esses anos, teve contato com os mais diferentes cenários, como habitantes do sertão no Nordeste, índios na floresta amazônica ou moradores de comunidades. “Muitas vezes, quando você assiste ao meu programa, podia parecer que eu estava impactando na vida das pessoas, mas o impactado fui eu. Eu me transformei. Eu detesto algumas opiniões que eu tinha no passado, que eu falei no passado”, pontuou ele.

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Como personalidade, não consigo passar por um problema e não me sentir parte dele. Conhecer essa realidade do país me fez tentar buscar soluções e aí vem o destino escrevendo a história de um jeito estranho: vem a pandemia, tranca em casa e comecei a mergulhar em ideias, em gente. Não é um projeto político, partidário. É um partido de cidadania ativa”, prosseguiu o apresentador.

A tua resposta é essa: eu continuo na trajetória que eu sempre estive. Minha trajetória não foi partidária nem eleitoral, mas foi política. A política é o que transforma, ela nasce pra melhorar vida das pessoas… A política aparece na minha vida bem antes disso. Minha família sempre foi muito atuante, mesmo pela democracia na época da ditadura. Eu não saio mais do debate público. Estarei pra sempre“, concluiu Luciano.

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