O avião que transportava Marília Mendonça e mais quatro pessoas está passando por uma investigação minuciosa. Nesta segunda-feira (8), a Polícia Civil encontrou um cabo enrolado em uma das hélices da aeronave que caiu e causou a morte de todos os passageiros a bordo.
De acordo com o delegado Ivan Sales, ainda não é possível precisar, entretanto, se esse é o mesmo cabo de transmissão de energia elétrica contra o qual o veículo colidiu antes da queda. O laudo da perícia poderá dar essa certeza. “É fato de que tem um cabo enrolado na hélice. Agora a gente só vai poder afirmar que esse cabo é o cabo que se rompeu quando a perícia tiver o laudo pericial“, explicou o delegado.
Ainda na sexta-feira (5), dia do acidente, a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) já havia confirmado que o avião atingiu o cabo de uma torre de distribuição elétrica antes de se chocar com uma cachoeira em Caratinga, Minas Gerais.
Naquele dia, a colisão deixou aproximadamente 33 mil pessoas sem energia, segundo o UOL. Nesta terça-feira (9), a fuselagem da aeronave bimotor será encaminhada para o Rio de Janeiro, enquanto os motores dela vão para Sorocaba, interior de São Paulo, para análise de um especialista.
Segundo a Polícia Civil, não há um prazo para encerramento da apuração de eventual responsabilidade criminal. “A investigação procede com os laudos periciais, com oitivas de eventuais testemunhas, com arrecadação de documentos. É importante ressaltar que a Polícia Civil quer dar uma resposta célere, mas uma resposta célere não significa uma resposta rápida. Uma reposta célere é a resposta mais técnica no menor tempo possível“, disseram os oficiais.
Duas perguntas centrais ainda têm de ser respondidas em relação ao acidente: o motivo para o piloto ter se aproximado do aeroporto pelo setor oeste, quando o mais indicado seria pelo lado sul; e como ele pode ter se chocado contra os fios da torre, já que para isso, teria que estar voando bem abaixo da altitude ideal. Além de Marília, perderam a vida no acidente, Abiceli Silveira Dias Filho, tio dela, Henrique Bonfim Ribeiro, produtor da cantora, Tarciso Pessoa Viana, o copiloto do avião, e Geraldo Martins de Medeiros, o piloto.