Maitê Proença se abre sobre vida sexual com Adriana Calcanhotto: “Agora é bem mais legal”


Muito bem resolvida e feliz! Em entrevista para a Veja Rio divulgada nesta semana, Maitê Proença teve uma conversa franca a respeito de sua vida íntima com Adriana Calcanhotto, além de abrir o coração sobre temas delicados, como o abuso que sofreu na infância e o assassinato da mãe a facadas pelo próprio pai.

Em cartaz na peça “O Pior de Mim” e prestes a lançar um livro no próximo mês, a atriz, que é sempre muito discreta, decidiu falar sobre sua vida pessoal. O papo incluiu o comentado relacionamento com Adriana Calcanhotto, que teve início em setembro do ano passado. “Depois de uma determinada fase da vida, você tem de ficar com pessoas com quem consiga conversar, para não ter de traduzir para o outro tudo o que percebe do mundo”, definiu Maitê sobre o envolvimento com a cantora.

Para a publicação, ela ainda avaliou positivamente o lugar que alcançou atualmente no que diz respeito à vida sexual com a amada. “Agora é bem mais legal, sim. Antigamente, eu estava lá investigando, experimentando um pouco aqui e ali. Precisei fazer muitas experiências para chegar a um lugar mais livre e relaxado”, contou Proença, esclarecendo na sequência por que mantém a relação mais privada.

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“Acho bonito ser discreta neste mundo em que a vulgaridade corre solta em todos os meios. Eu me reservo ao direito de manter essas coisas na intimidade, de não ficar dando satisfação à sociedade, mas ao mesmo tempo também não escondo o que estou fazendo”, afirmou.

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Casal tornou a relação pública no último ano. Foto: Reprodução

A surpresa da notícia de que as duas estavam juntas também impactou diretamente nos comentários preconceituosos que Maitê recebeu. “Acho que neste momento as pessoas estão mais comedidas com relação ao preconceito, elas têm medo das consequências. Ainda assim, recebi mensagens nas redes do tipo ‘você me decepcionou’ ou ‘isso é pecado’. Ora, com homem não é pecado, mas com mulher é?”, indagou.

Na entrevista, Proença revisitou outros capítulos sensíveis de sua vida, como o abuso que sofreu aos 10 anos de idade. “Eu entrei num ônibus e o motorista me levou até o ponto final, me colocou sentada no colo dele e pediu um beijo. Pulei pela janela e corri quase um quilômetro, com medo de que ele estivesse atrás de mim. Na época, não contei para ninguém. Não sabia se o erro era meu”, compartilhou.

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A biografia da atriz também recorda o assassinato da mãe a facadas pelo próprio pai. Maitê até comentou brevemente sobre como ficou a relação com o patriarca depois da tragédia. “Nós pensamos que os pais estão ali para nos proteger. Quando isso não acontece, toda a escala de valores tem de ser rearrumada”, refletiu. A história teve um impacto direto nas relações sexuais da artista. “O abuso, não [afetou]. Mas a tragédia familiar, sim. Minha relação com prazer foi tardia. A sexualidade implica entrega absoluta e, por muitos anos, não estive pronta para isso”, explicou.

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Maitê Proença em cena na peça “O Pior de Mim”. Foto: Divulgação

A cura dos traumas só veio ao longo da vida com diferentes experiências vividas. “Eu tentei [terapia] muitas vezes, mas não foi suficiente pra mim. Por isso, eu fui viajando, tomando daime e experimentando lugares em que as pessoas propunham cura. Você precisa engajar seu corpo, sua respiração, manter-se saudável. Quando a gente está com menos saúde, fica muito menos predisposta à cura”, refletiu.

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