Convidada do podcast “Chupim”, da rádio Metropolitana, desta quinta-feira (12), Gretchen se abriu sobre agressões físicas que sofreu de um dos seus ex-maridos. Sem revelar nomes, ela contou que chegou a apanhar dentro de casa e até desejou a morte do homem para “se livrar da dor“. Na entrevista, Gretchen pontuou que ajuda mulheres que são vítimas de violência doméstica.
“Eu ajudo muitas mulheres com esse assunto. Violência doméstica não acontece só em lugares pobres, nos lugares simples. A violência doméstica acontece em qualquer lugar, com artista, com gente rica. Em todos os lugares e, hoje em dia, acontece mesmo”, disse.
Segundo a cantora, o ex era “sociopata” e a obrigava a se vestir como ele achava apropriado: “Não é que era machista, na verdade, ele era sociopata. Tinha que ser do jeito que ele queria, com a roupa que ele queria, não podia sair de casa de jeito nenhum. Quando ia para a faculdade, eu tinha uma escolta que me levava e buscava. Era desse jeito”.
No desabafo, Gretchen ainda lembrou que, após as agressões, sempre ouvia o homem pedir desculpas. “Isso é uma doença. Depois que eu apanhava, ele ajoelhava, pedia desculpas e até dizia que iria morrer. Eu pensava: ‘Então morre, por favor’”, revelou.
Casada há quase dois anos com Esdras de Souza, ela destacou, porém, que não deixa o marido se envolver nas tarefas de casa. “Meu lado mulher que eu não abro mão mesmo. Primeiro, que eu fui criada por uma mãe submissa, que sempre fazia tudo para o meu pai. Ela acordava meia-noite para pôr a comida dele quente. Então, a gente aprendeu assim de ele levantar de manhã e o café da manhã já estar na mesa”, explicou.
“Ele quer pegar o prato para lavar a louça e eu: ‘De jeito nenhum. Vai tocar o seu saxofone. Vai fazer os seus arranjos que quem cuida da casa sou eu’. Isso é uma coisa minha. Quando ele sai do banho, a roupa dele já está na cama. É um jeito meu e das minhas irmãs porque fomos criadas assim”, acrescentou. Assista:
Confira a entrevista completa:
IMPORTANTE: Em flagrantes de violência doméstica, a Polícia Militar deve ser acionada imediatamente, pelo número 190. Já o ‘Ligue 180’ é o casal criado exclusivamente para mulheres que estão passando por isso. O centro realiza apoio emocional, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, além de encaminhar para serviços de proteção e auxílio psicológico. Para mais informações, clique aqui.