Faz 20 anos que Beyoncé estreou nas grandes telas de cinema com o filme de comédia “Austin Powers em o Homem do Membro de Ouro”. Ela interpretou Foxxy Cleopatra, uma agente do FBI que, ao lado do protagonista, combate o inimigo Dr. Evil. Mas, desde aquela época, a musa já mostrava que não aceitaria que sua imagem fosse modificada para satisfazer o padrão de beleza. Nesta sexta-feira (15), a maquiadora Kate Biscoe revelou à Vulture como a cantora se incomodou pelo pôster da produção tê-la deixado muito magra.
“Quando estávamos filmando, alguém trouxe para ela um pôster que iria promover o filme”, disse a maquiadora. “Ele mostrou para ela, tipo, ‘Você gostou?’ E ela estava meio que tipo, ‘É’. Ele disse: ‘Qual é o problema?’ E ela disse: ‘Você me deixou muito magra. Não sou eu’”, contou.
A equipe de marketing precisou refazer todos os pôsteres da estrela, que tinha apenas 19 anos quando o longa foi feito. “Então ela fez essa forma de ampulheta. E ele disse: ‘Ok, vamos consertar isso’”, acrescentou Biscoe. Ela contou que depois da artista se afastar, o profissional de marketing afirmou que essa teria sido a primeira vez que uma atriz pediria para que seu corpo fosse aumentado, e que o custo seria alto. “Ele disse: ‘Vai me custar milhares de dólares, mas vou fazer isso’”, finalizou ela.
A chefe do departamento de cabelo, Candy Walken, também contou como foi o momento em que Beyoncé apareceu no set pela primeira vez caracterizada. “Ficamos todos parados e de queixo caído”, disse Walken. “Ela se tornou essa luz incrível. Ela tinha 19 anos e tinha tanto domínio daquele palco quando pisou nele. Nenhum de nós realmente sabia por que eles a escolheram para esse personagem, e então entendemos”, afirmou ela.
Na época do lançamento do filme, a dona do single “Crazy in Love” contou que precisou fazer o teste duas vezes para entrar na produção. “Eu li com Mike e tentei ser o cara sério. Quando saí, estava convencida de que não ia conseguir”, disse à Newsweek. Para seu retorno, ela “voltou vestindo um macacão tipo Pam Grier, uma peruca afro e memorizou todos os filmes de blaxploitation já feitos”.
A trilogia de “Austin Powers” foi um dos momentos de virada na carreira da diva, abrindo as portas para diversos outros trabalhos na atuação, como “Dreamgirls – Em busca de um sonho”, “A Pantera Cor-de-Rosa” e o live action de “O Rei Leão”, onde dublou a personagem Nala.