Leandro Lehart, do Art Popular, se manifesta após ser condenado por estupro e cárcere privado: “Grande injustiça”

Leandro Lehart, do Art Popular, se manifesta após ser condenado por estupro e cárcere privado: “Grande injustiça”


Leandro Lehart, fundador do grupo Art Popular, quebrou o silêncio após ser condenado a quase 10 anos de prisão por estupro e cárcere privado. Na tarde de hoje (16), a equipe jurídica do artista emitiu um comunicado alegando que ele teria sofrido uma “injustiça”. O texto ainda informa que o músico não poderá prestar mais esclarecimentos públicos pelo caso estar sob segredo de Justiça.

A nota, divulgada através do Instagram, também expressa a expectativa da defesa de que Lehart seja absolvido dessas acusações. “A defesa técnica de Leandro Lehart, em atenção aos pedidos da imprensa por comentários, informa que o caso corre em segredo de Justiça e ainda pende de decisão final, o que impede maiores considerações quanto aos fatos. De toda sorte, Leandro e seus advogados seguem confiantes no Poder Judiciário e que a verdade prevalecerá, com sua consequente absolvição”, pontua.

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O post traz ainda uma declaração de Leandro, na qual o artista se coloca como vítima de toda essa história. “Estou sendo vítima de uma grande injustiça, mas a verdade vai prevalecer em breve. São 40 anos de carreira e 50 anos de vida acreditando na justiça, e mesmo que ela tarde, ela não falha. E a maldade não prevalecerá nunca. Obrigado por tudo”, declara ele. Leia a íntegra:

Leandro Lehart foi condenado a quase 10 anos de prisão por estupro e cárcere privado. O caso teria acontecido em outubro de 2019, em São Paulo. A denúncia foi registrada por uma mulher, com quem o músico se relacionou no passado. Os dois se conheceram através das redes sociais e passaram a marcar encontros.

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De acordo com a vítima, o cantor abusou sexualmente dela no fatídico episódio, e a manteve trancafiada em um banheiro. Lehart teria deixado a moça sair de sua casa “apenas depois que ela se acalmasse”. Segundo os documentos obtidos pelo g1, a vítima teria ficado abalada psicologicamente com o caso e passado a cogitar suicídio, além de ter sido constatado um estresse pós-traumático. Ela, que trabalhava no sistema público de transporte da capital, até deixou o emprego.

Leandro Lehart em entrevista à RecordTV. (Foto: Divulgação/Record TV)

O artista chegou a enviar três cestas básicas para ela. A vítima, por sua vez, procurou ajuda com uma rede de apoio e então registrou o caso na Justiça, entregando conversas com supostas confissões do cantor. Em depoimento às autoridades, Leandro alegou que conheceu a moça pela Internet e que as relações sexuais entre eles teriam sido consensuais. O músico ainda alegou que encerrou a relação depois de descobrir que a mulher utilizava medicamentos controlados. Após o término, Lehart afirmou que a ex-parceira teria tentado extorqui-lo.

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A partir da denúncia, uma investigação teve início sob sigilo e só veio à tona após a condenação do famoso. Na terça-feira (13), o juiz da 17ª da Vara Criminal de São Paulo condenou Leandro a uma sentença de 9 anos, 7 meses e 6 dias de reclusão. Além de cumprir pena, Lehart deverá pagar 26 dias de multa, com o valor ainda a ser definido pela Justiça. De acordo com o juiz, o cantor poderá recorrer em liberdade.

Condeno o réu Paulo Leandro Fernandes Soares pelos crimes de estupro e cárcere privado, previstos nos arts. 213, caput, e 148, § 2º, do CP, à pena de 9 anos, 7 meses e 6 dias de reclusão e 24 dias-multa, em regime inicial fechado, nos termos da fundamentação supra. Condeno o réu ao pagamento das custas processuais. O réu poderá apelar em liberdade“, escreveu o magistrado.

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Leandro Lehart é um dos fundadores do Art Popular, conhecido por músicas como “Pimpolho”. (Foto: Divulgação/TV Globo)

Conhecido por sua participação no Art Popular, Lehart é o nome por trás de grandes sucessos brasileiros como “Pimpolho” e “Agamamou”. Ele ainda integrou o elenco do reality “Casa dos Artistas”, do SBT, em 2001.



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