Yani de Simone, conhecida como Mulher Filé, fez uma revelação delicada sobre o nascimento de sua filha, Luna. Ao podcast “Não É Nada Pessoal”, compartilhado na segunda-feira (26), ela contou que sofreu violência obstétrica durante o parto, em fevereiro deste ano. Segundo a funkeira, os abusos que sofreu quase tiraram a vida dela e de sua filha.
Yani começou relembrando o dia do nascimento da menina. “Fui para o hospital e fui tratada que nem uma cachorra“, contou. “Meu parto foi uma m*rda. Tudo que eu tinha sonhado e planejado – que seria natural, normal, para ter toda a vivência da coisa, mas sabendo que na hora que o bicho pegasse eu teria todo o suporte, eu não tive suporte nenhum. Ficou eu e minha mãe jogadas na sala e eles só vinham fazer o exame de toque e acabou“, afirmou para Gabriel Perline e Arthur Pires.
Em seguida, ela deu mais detalhes sobre o que aconteceu. “Paguei quarto particular com acompanhante e fiquei das 9h às 16h agonizando numa cadeira sentada, tendo dilatação ali mesmo. Tudo foi muito traumático para mim“, pontuou.
“Eu fiquei até as 16h ali sofrendo, dilatando na cadeira, quietinha, até que eu comecei a falar: ‘eu não aguento mais!’. Eu tava com seis dedos de dilatação e sentada em uma cadeira! Sendo que eu paguei para poder ter água caindo nas minhas costas… Não tinha vaga! Tinha que esperar“, relembrou.
“Os direitos das mulheres são muito violados porque ninguém respeita o parto que você quer ter, do jeito que você quer ter… Mesmo pedindo anestesia e tendo pago anestesia, eu não tive anestesista. Não tive anestesia mesmo eu pedindo. Era um direito meu“, declarou.
A experiência traumática continuou mesmo depois do nascimento de Luna. “Minha filha foi para a UTI por conta do erro – que, para mim, foi um erro. O que aconteceu foi que eu pedi a episiotomia – que é o corte – para a minha filha sair porque eu não aguentava mais. E como é que iam me dar o corte sendo que não tinha anestesia?“, indagou. Em seguida, detalhou: “A cabeça da minha filha emperrou, não saía. Minha filha começou a ficar asfixiada, porque eu comecei a não ter mais dilatação e a minha vagina começou a espremer a cabeça dela, o pescoço. Aí puxaram… Fizeram uma manobra, me viraram, enfiaram a mão em mim e puxaram a minha filha com tudo. Me rasgaram inteira“.
“Eu também corri riscos. Eu tive hemorragia, fiquei um tempo em observação, sem levantar, sem nada. Tomando injeção – tomei duas injeções -, remédio na veia, ficaram me monitorando e me explicando um monte de coisa. Falaram: ‘olha, sua filha pode ter isso, sua filha pode ter deslocado o ombro, é super normal, não sei o que‘”, explicou. Apesar dos problemas, Yani informou que, hoje, ela e sua filha passam bem.
Ela contou mais um absurdo da situação: “E eu tive que pagar pela UTI. Além de pagar, eles fizeram as contas erradas. Eles me cobraram um valor exorbitante que era o que era previsto para a minha filha ficar lá dentro da UTI e aí o meu cartão não passou. Graças a Deus, né? Quem consegue R$ 36 mil em um final de semana?“, informou. Ela também afirmou que o local fez movimentações em seu cartão de crédito sem a sua autorização.
Em outro momento da conversa, a DJ contou que entrou em depressão por causa da experiência. “Foi uma depressão por causa do parto, eu quase perdi a minha filha… Ela foi parar na UTI (…), poderia, por conta disso, ter sequelas para o resto da vida dela. Graças a Deus não tem. Isso me chocou muito. Toda vez que eu imaginava que eu poderia ter perdido minha filha por causa de 3 minutos… Isso me deixa muito mal“, desabafou.
Por fim, a carioca revelou o que sentiu na hora do parto. “Eu queria matar todo mundo do hospital. O hospital estava tipo assim: ‘é normal você e su filha se f*derem, e você tem que pagar pela UTI‘”, comentou. Ela contou que, atualmente, está processando o estabelecimento. Veja:
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