De cortar o coração… A revelação da morte de Chadwick Boseman, em 2020, pegou a todos de surpresa, inclusive alguns amigos. Nesta quarta-feira (19), Lupita Nyong’o contou ao The Hollywood Reporter como a perda do nosso eterno “Pantera Negra” a abalou, tanto pessoal quanto profissionalmente. A atriz ainda descreveu o momento em que soube da triste notícia.
Durante a conversa, a vencedora do Oscar explicou que embora ela soubesse que Boseman estava doente, ela não tinha noção de que o caso já estava em estado terminal. Então, quando descobriu de sua morte através de um texto de Viola Davis, ficou completamente abalada.
“Eu não podia acreditar. Fiquei paralisada”, disse ela, acrescentando que para muitos do elenco e da equipe do blockbuster da Marvel, o ator era muito mais do que um colega, mas sim, uma espécie de âncora espiritual. “Ele tinha uma aura”, lembrou Nyong’o. “Ele era o líder, e estávamos todos bem com isso”, acrescentou.
A intérprete de Nakia seguiu ressaltando as qualidades do astro, que influenciaram diretamente sua forma de viver. “Ele afetou como eu me movo no mundo”, continuou. “Mas essa é a questão sobre Chadwick. Chadwick não estava tentando fazer com que todos fossem como ele. O que ele inspirou foi você ser o seu melhor como pessoa. Eu não sou Chadwick. Nunca serei”, apontou a estrela.
Com a morte prematura de Boseman, a questão de como o estúdio, encabeçado por Kevin Feige, seguiria em frente com a já anunciada sequência do sucesso de 2018 pairava sobre o elenco e a equipe, especialmente o diretor Ryan Coogler. Nyong’o enfatizou que “[esse mundo] girava em torno” de Chad, e que o roteiro inicial da sequência se concentrava na evolução do rei T’Challa.
Eventualmente, a produção foi transformada em uma homenagem ao saudoso líder. Imitando a vida real, o longa será centrado no luto de Wakanda após a morte de seu rei e dará aos fãs uma visão de como o país está lidando com a perda, deixando-os aparentemente vulneráveis aos olhos do resto do mundo. Alguns marvetes até sugeriram que Boseman iria aparecer no filme através de técnicas digitais, mas isso já foi negado pela vice-presidente da empresa, Victoria Alonso.
Sobre essa reformulação, a atriz observa: “Essa não é a morte do Pantera Negra, esse é o ponto principal. É fazer [T’Challa] descansar e permitir que a vida real informe a história dos filmes. Eu sei que há todos os tipos de razões pelas quais as pessoas querem que ele seja recriado [digitalmente], mas não tenho paciência. Não tenho presença de espírito, ou não tenho objetividade para argumentar com isso. Não tenho. Sou muito tendenciosa”.
É claro que Nyong’o teve dificuldade em imaginar uma sequência que não contasse com o companheiro de tela. “Até falar sobre ‘Pantera Negra’ no meio do luto de Chadwick, foi realmente complicado emocionalmente de fazer”, desabafou. No entanto, a visão de do diretor de incluir essa perda como um ponto central da trama a comoveu. “Ryan escreveu algo que tanto honrou a verdade do que cada um de nós estava sentindo, aqueles de nós que conheciam Chadwick”, disse ela. “Ele criou algo que poderia honrar isso e levar a história adiante. No final, eu estava chorando”, concluiu.
Assista ao trailer de “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”:
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