Velório de Guilherme de Pádua, assassino de Daniella Perez, é marcado por filas e aplausos em BH

Velório de Guilherme de Pádua, assassino de Daniella Perez, é marcado por filas e aplausos em BH


O ex-ator Guilherme de Pádua foi velado na manhã desta segunda-feira (7), em São Cristóvão, zona norte de Belo Horizonte (MG). O funeral do pastor evangélico, condenado pela morte de Daniella Perez, foi marcado por filas, apesar das restrições de público.

De acordo com a Folha de São Paulo, antes mesmo da abertura do velório, já havia uma fila na porta da Igreja Batista da Lagoinha – congregação que acolheu de Pádua após ele sair da prisão, na qual também tornou-se pastor. A cerimônia foi restrita a familiares, amigos e membros da igreja. Cerca de 70 pessoas aguardavam para entrar no local por volta das 10h30. Segundo o jornal, nenhum artista esteve presente.

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Alguns dos presentes relataram tristeza pela morte do pastor. Uma mulher chegou a dizer à publicação que “quando Deus chama, não tem jeito”. Outra revelou que, horas antes de vir a óbito, na manhã de domingo (6), Guilherme parecia estar muito bem e esteve em um culto na igreja. Além das filas no funeral, o caixão do assassino confesso da filha de Gloria Perez foi aplaudido enquanto deixava a igreja. O corpo foi sepultado na tarde de hoje, no cemitério Parque da Colina.

Guilherme de Pádua morreu na noite deste domingo (6), aos 53 anos, em Belo Horizonte. Inicialmente, o pastor Márcio Valadão, pastor-presidente da Igreja Batista da Lagoinha, foi quem deu a notícia durante uma live nas redes sociais. Com um sorriso no rosto – que chamou atenção da web – o líder religioso informou que o fiel de sua igreja havia sofrido um infarto. “Agora, quando eu estava lá embaixo pra subir pra subir pra vir fazer a live, chegou a notícia. Ele dentro de casa, agora, caiu e morreu. Morreu agora, agorinha. Agorinha ele acabou de morrer”, disse o pastor.

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Assassinato brutal de Daniella Perez

Daniella Perez foi assassinada com 18 perfurações no corpo em 1992, quando saía de uma gravação da novela “De Corpo e Alma”, da TV Globo. A atriz vivia uma enorme ascensão em sua carreira, ganhando cada vez mais relevância com o público, e um espaço maior na trama escrita por sua mãe, Glória Perez. Guilherme de Pádua interpretava Bira na mesma novela. Ele e a então esposa, Paula Thomaz, conduziram o crime brutal, desferindo facadas no pescoço, pulmão e principalmente na região do coração da atriz.

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Daniella e Guilherme em cena da novela “De Corpo e Alma”. (Foto: Divulgação)

Na época, o artista alegou que matou a colega por “acreditar que seu papel estava sendo reduzido, enquanto a jovem ganhava destaque“. Guilherme aguardou o julgamento enquanto estava preso e, em 1997, foi condenado a 19 anos de prisão pelo assassinato de Daniella. Entretanto, em 1999, ele recebeu liberdade condicional após cumprir um terço de sua pena. Nos últimos anos de sua vida, de Pádua abandonou a carreira artística e levou uma vida longe dos holofotes.

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Em 2022, a história trágica voltou aos holofotes quando a HBO Max lançou a série documental “Pacto Brutal”, que narrou tudo o que aconteceu no crime que chocou o país. Com relatos de Gloria Perez, familiares, amigos, testemunhas e outros envolvidos no caso, a produção expôs em detalhes como Daniella Perez foi morta, abordou como foi a repercussão incisiva disso pela mídia, e ainda os desdobramentos até o julgamento dos condenados.



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