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Nesta quarta-feira (8), Jade Sassará, conhecida por interpretar Aleluia em “Mar do Sertão“, relatou ter sofrido transfobia em um restaurante no Rio de Janeiro. Nos Stories, a atriz de 28 anos desabafou sobre o ocorrido, expondo que foi tratada com pronome masculino por funcionários do local.
“Travesti não tem paz nesse Brasil, né? Nem quando a gente tenta se dar um mimo, se levar pra jantar, fazer um programinha gostoso. Não tem como. É a segunda vez que venho nesse lugar aqui, porque tem uma comida que eu gosto. Não vou deixar de frequentar lugares que eu quero ir, que tem coisas que eu quero consumir, que eu quero viver”, lamentou a artista em seu Instagram.
Em seguida, ela revelou que não foi a primeira vez que se viu desrespeitada no estabelecimento, destacando que só queria um “momento tranquilo”. “É a segunda vez que venho aqui e sou tratada no masculino, por pessoas diferentes. Não é nem pela mesma pessoa. É foda, a gente (pessoas transgêneras) não consegue viver um momento tranquilo, um momento de prazer sem passar raiva”, expressou.
Jade ainda fez um pedido aos seus seguidores cisgêneros – pessoas que se identificam com o sexo biológico -, enfatizando a responsabilidade que eles têm no combate à transfobia: “Pessoas cisgênero do Brasil e mundo, se responsabilizem pela violência. A transfobia está na mão de vocês. Parem de jogar essa responsabilidade na nossa mão”.
“Um brinde trans. Que possamos inventar futuros regados de prosperidade e afeto, mesmo com os desafios e violências que o caminho apresenta. Vamos ocupar muitos espaços”, complementou ela em outro Story. Assista:
Jade Sassará, de “Mar do Sertão”, relata ter sofrido transfobia no Rio de Janeiro pic.twitter.com/FbQRZ2bqTr
— Só Mídias (@MidiasSo) February 9, 2023
Jade Sassará faz um “brinde trans” pic.twitter.com/FHUKCiZ6fP
— Só Mídias (@MidiasSo) February 9, 2023
Em agosto do ano passado, Jade Sassará fez sua estreia na telinha da TV Globo, com o papel de Aleluia na novela das 18h, “Mar do Sertão”. Além de atriz, ela também é produtora musical, baterista, modelo e ceramista. “Em qualquer uma das minhas profissões, acaba que ser uma pessoa trans chega antes de todas as outras coisas que eu sou. Queria que meu brilho chegasse antes do que qualquer outra coisa que me defina”, declarou ela à Vogue, no mês em que a produção da emissora carioca estreou.
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