Alunos baleados em escola no Paraná eram namorados; testemunhas relatam como atirador agiu

A professora relatou à CBN que os alunos, ambos de 16 anos, ouviram o primeiro barulho e pensaram que fosse uma bombinha. Entretanto, com a continuidade do som forte, eles teriam ficado assustados. Ela ajudou os estudantes a fugir para ruas próximas do colégio, pois encontrou o portão de entrada aberto. A jovem morreu no local e o rapaz foi levado em estado grave para o Hospital Universitário de Londrina. O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) decretou luto oficial de três dias e lamentou o ocorrido.

Segundo Daniele Mendes, mãe de uma adolescente que estava no pátio no momento dos disparos, a menina teria visto o rosto do atirador. “Ela afirma que viu o rosto do autor e que teve que se abaixar para não ser atingida por ele, que começou a disparar aleatoriamente”, disse à Folha de São Paulo.

De acordo com informações da Polícia Militar, o autor do ataque, de 21 anos, era ex-aluno da instituição e utilizou um revólver calibre 38. Ele teve acesso ao local, dizendo que iria até a direção para solicitar documentos. O homem foi imediatamente detido pelas autoridades e sua casa está sob investigação, após denúncia de que haveria explosivos no local. Além disso, as câmeras de vigilância da instituição de ensino foram recolhidas pelos policiais.

Em março, um adolescente de 13 anos esfaqueou seis pessoas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste de São Paulo, e provocou a morte de uma professora. Já em abril, um homem de 25 anos matou quatro crianças com uma machadinha em uma creche de Santa Catarina.

Somente em 2022 e 2023, o Brasil teve seis ataques com mortes nas escolas. Ao todo, 53 pessoas foram assassinadas em atentados em instituições de ensino desde 2011, sendo 7 no somente no último ano. Segundo dados do governo federal, 225 pessoas já foram presas por ameaças a escolas.

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