Uma mulher de 80 anos passou três dias dividindo a cama com o cadáver do marido, sem notar que ele estava morto. Segundo o UOL, a idosa, cujo nome não foi revelado, acreditava que Hélio Noronha, de 64 anos, estava dormindo, mas ao notar um sangramento no nariz do homem, resolveu pedir ajuda dos vizinhos e ficou surpresa com a descoberta. Agora, a Polícia Civil de São Paulo investiga o caso.
A morte do pedreiro foi confirmada por um socorrista do Samu. Ao chegarem no local, os atendentes constataram que o corpo já estava em estado avançado de putrefação. De acordo com a viúva, Hélio deitou na cama há três dias e não levantou mais.
O caso foi registrado no 9° DP de Campinas como morte suspeita. Segundo o jornal local Barba Azul, Hélio e a idosa eram casados há 30 anos e moravam com um filho da esposa. Porém, nesta segunda-feira (19), uma filha do primeiro casamento do homem questionou a versão da madrasta e afirmou que o cadáver tinha resquícios de espancamento.
“Na hora fiquei em choque, pois achava que tinha acabado de morrer, mas aí eu vi a foto e meu pai estava muito inchado. Quando cheguei na casa, o cheiro era tão forte que dava para sentir do portão. Como duas pessoas [idosa e filho] morando na mesma casa não perceberam a morte do meu pai? Parece que ele sofreu algo, pois o rosto apresenta hematomas”, disse Graziela.
Ela acrescentou outras suspeitas: “É estranho o fato do meu pai estar de calça jeans, bem-arrumado e deitado. Meu pai era um homem que sentia muito calor, dormia só de bermuda e se deitava no canto da parede. Ele estava deitado do outro lado da cama, onde não gostava de ficar. É muito estranho tudo isso”.
A Polícia Técnica Científica foi chamada para analisar a situação e concluiu que Hélio havia morrido há três ou quatro dias. Os agentes que realizaram a perícia no imóvel não encontraram sangue no local. O corpo foi enterrado hoje (20), no Cemitério dos Amarais, com o caixão lacrado.
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