Vídeo: Ginecologista é preso no DF por suspeita de violação sexual; mulheres apontam masturbação em exame

Vídeo: Ginecologista é preso no DF por suspeita de violação sexual; mulheres apontam masturbação em exame


O ginecologista Celso Satoru Kurike foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta quinta-feira (6), pelos crimes de violação sexual mediante fraude. A detenção foi feita nos arredores da cidade de Formosa, em Goiás, na operação “Asmodeus”.

Conforme a investigação, o médico “fazia as vítimas crerem que estavam sendo submetidas a um procedimento adequado, correto e necessário, e que os toques que ele realizava faziam parte do protocolo de atendimento, quando, na verdade, era uma fraude para conseguir praticar o ato libidinoso com as vítimas”.

Continua depois da Publicidade

Segundo informações do UOL, o mandado de prisão preventiva contra o ginecologista foi expedido pela 2ª Vara Criminal e executado pela equipe investigativa da Seção de Atendimento a Mulher. Veículos terrestres e até um helicóptero foram usados na megaoperação para prender Celso. O delegado da 12º DP relatou que somente na delegacia de Taguatinga Sul há doze inquéritos contra o médico. Assista ao momento:

Em decorrência às acusações de abuso sexual, o Conselho Regional de Medicina (CRM-DF) optou pelo afastamento de Kurike. “O referido médico teve suas condutas apuradas através de Processo Ético Profissional que resultou na aplicação de penalidade de suspensão de 30 dias (conforme previsto no artigo 22, alínea “D”, da Lei n° 3268/57), por infração aos artigos 38 e 40 do Código de Ética Médica, em fevereiro do ano passado”, informou o órgão.

Por fim, o CRM-DF disse que os novos fatos do caso já estão sendo apurados e “correm em sigilo processual”. Como a penalidade administrativa foi aplicada em 2022, Celso voltou a trabalhar normalmente. O advogado do médico, Eduardo Teixeira, alegou que a “defesa entende como não existentes os requisitos da prisão preventiva“. Teixeira ressaltou que ainda irá apresentar “razões suficientes” para a substituição do atual mandado por outra medida diversa.

Ginecologista é preso após acusações de abuso sexual (Foto: Reprodução/g1)

Vítimas

O profissional foi detido após ser acusado por duas mulheres de violação sexual. Elas fizeram a denúncia e relataram às autoridades terem sido masturbadas por Kurike quando estavam deitadas em uma maca.

De acordo com o portal Metrópoles, uma das vítimas contou que ao entrar no consultório, o médico a fez perguntas desconfortáveis e invasivas. Ele queria saber quantos parceiros sexuais a vítima havia tido ao longo da vida, se costumava sentir dores durante a relação sexual e se tinha dificuldades de chegar ao orgasmo. Em seguida, o ginecologista pediu que a mulher tirasse a roupa e vestisse um avental.

Continua depois da Publicidade

No depoimento, a vítima afirmou que tudo seguia com uma certa normalidade durante a realização do exame nas mamas e a coleta do exame preventivo. Porém, em determinado momento, o médico tocou o seu clitóris e começou a fazer movimentos circulares. Segundo a mulher, Celso Satoru teria dito que aquele ponto “é o local onde as mulheres sentem prazer”, e que a ajudaria a parar de sentir dores.

O ginecologista, então, passou a espetar agulhas semelhantes às de acupuntura pelo corpo da moça. A paciente teria se sentido assustada, e foi até o banheiro para trocar de roupa e ir embora. Nesse ínterim, Kurike teria falado que caso ela tivesse “dificuldades para chegar ao orgasmo, ele ajudaria“.

Bruno Félix, advogado de defesa de uma das vítimas, se pronunciou sobre o caso e afirmou que os depoimentos são as evidências necessárias para a condenação do médico. “Nos crimes contra a dignidade sexual, a palavra da vítima tem especial relevância, visto que, na maioria das vezes, os fatos criminosos são praticados sem a presença de testemunhas. Por isso, é importante que as pessoas não tenham medo de procurar as autoridades em situações como essa”, declarou.

Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques

Artigos Recomendados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *