Uma mulher norte-americana morreu por intoxicação após beber 2 litros de água em 20 minutos. Ashley Summers, de 35 anos, estava passando o verão no estado de Indiana, nos Estados Unidos, quando começou a ter sintomas de desidratação. No momento, ela decidiu beber uma quantidade excessiva de água.
A principio, Ashley começou a sentir tontura, dor de cabeça e muita sede após a exposição ao sol. Logo, ingeriu o equivalente a quatro garrafas de 500 ml de água de uma vez. No caminho da parte interna da casa, a moça desmaiou e foi levada às pressas ao hospital pela família.
Os médicos apontaram que ela sofreu um inchaço cerebral e a diagnosticaram com hiponatremia, uma intoxicação causada pelo excesso de água no corpo e pouco sódio. Desde o momento do ocorrido, Ashley não conseguiu recuperar a consciência e faleceu no hospital.
O irmão de Ashely, Devon Miller, contou à WRTV que a família está chocada com o ocorrido. “Ela adorava estar na água. Ela adorava estar no lago. [Então] minha irmã, Holly, me ligou e ela estava completamente destruída. Ela estava tipo ‘Ashley está no hospital. Ela tem um inchaço no cérebro, eles não sabem o que está causando isso, não sabem o que podem fazer para diminuir e não parece bom’”, disse.
“Disseram que ela bebeu 2 litros de água em 20 minutos. É o que deveríamos beber em um dia inteiro. Foi um choque para todos quando soubemos da toxicidade da água. Como isso pode acontecer?”, declarou o irmão. A mulher deixa o marido e duas filhas.
A nutricionista Natalia Barros, mestre em Ciências Aplicadas pelo Departamento de Nutrição da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), explica que os rins ajudam a regular a quantidade de água e eletrólitos no corpo, mas quando se bebe água em excesso, o órgão pode não conseguir eliminar o líquido adequadamente. “Isso pode resultar em uma diluição excessiva do sódio, que é essencial para a função adequada das células e dos órgãos”, explica a nutricionista à revista Crescer.
“É importante observar os sinais de intoxicação por água e procurar atendimento médico se houver preocupações. É sempre recomendável seguir as orientações de um nutricionista e garantir um consumo adequado e equilibrado de água para crianças”, completou.
A geriatra Maysa Seabra Cendoroglo, do Hospital Israelita Albert Einstein, ainda diz que a hiponatremia é mais comum em idosos e que raras vezes se manifesta de forma tão aguda. “O nível de sódio no plasma sanguíneo costuma se manter estável enquanto o indivíduo está saudável ou com suas doenças controladas. À medida que a pessoa envelhece ou se adoenta, pode ocorrer uma espécie de desgaste desse sistema de controle”, disse a profissional em site do hospital.
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