O bombeiro civil Adilson Ferreira morreu na última sexta-feira (13) após ser empurrado nos trilhos do metrô em São Paulo. Ele foi levado para a Santa Casa, mas não resistiu. De acordo com o R7, o homem de 52 anos estava na estação da Sé, na linha 1-Azul, esperando o transporte que ia sentido Tucuruvi.
Adilson estava a caminho de um evento no qual iria trabalhar, quando foi jogado para os trilhos e atropelado, posteriormente. Após cometer o crime, o suspeito de 35 anos correu e fugiu pelas escadas. Uma moça que flagrou a ação e chegou a passar mal, avisou a polícia e aos seguranças do metrô que não foi um acidente.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o homem se apresentou na delegacia, junto a um advogado, e confessou o crime. O autor alegou que sofre de síndrome do pânico e confundiu o bombeiro com um colega de trabalho com quem tinha desavença. Ele teria se sentido ameaçado e empurrou Adilson.
Ele passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante por homicídio convertida em preventiva. Segundo a irmã da vítima, Márcia Regina Ferreira, a empresa verificou imagens das câmeras e constatou o crime. A esposa de Adilson, por sua vez, foi informada da morte do marido por terceiros.
“Se esse cara tentasse se matar, era capaz do meu irmão se jogar pra pegar ele. Você está entendendo o coração bom [que ele tinha]? Agora, vem um cara e acaba com uma família, acabou com a família de muita gente. A gente está desconsolado”, desabafou Márcia ao Balanço Geral, da Record TV. Os argumentos usados pelo suspeito deixaram a irmã do bombeiro indignada.
“Parar, pensar, esperar o momento certo do metrô passar para ele jogar bem na hora. E ter a sabedoria de ir pra casa fugido, não deixar ninguém pegar ele, né? Porque [os agentes] do metrô não pegaram ele. Ele apareceu depois com advogado. Como que uma pessoa com problema mental vai lembrar disso? Ia ter jogado, ia estar lá meio surtado e o segurança iria pegar. Eu não acredito nele”, afirmou ela.
Nardja da Silva, mulher de Adilson, também conversou com a equipe de reportagem. “Mataram meu esposo, porque a pessoa que empurrou não foi para roubar, ela foi para tirar a vida. Ela empurrou com as duas mãos, e meu esposo não teve chance de se defender. Ele simplesmente morreu sem saber o porquê”, afirmou ela.
“Soube da morte do meu esposo da pior maneira possível, porque não foi pelo metrô. Então tem que ter mais segurança para o usuário. Não é a primeira, segunda ou terceira [pessoa que morre]. Isso não pode ficar assim”, completou Nardja. Assista à reportagem completa:
Adilson Ferreira deixou a esposa, com quem era casado há quase 20 anos, um filho e duas enteadas. O enterro foi realizado no sábado (14), em Ferraz de Vasconcelos, no Alto Tietê (SP). O metrô declarou que lamenta a situação, que se solidariza com a família da vítima e que segue à disposição das autoridades para elucidação do crime. De acordo com o Balanço Geral, a empresa também visa aumentar a segurança das estações.
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