Você conseguiria ficar preso em uma ilha “deserta” com a sua sogra? A família Nery, composta pelo casal Francine Nery e Rodrigo Castro e a sogra Taninha Nery, não só conseguiu, como ainda levou a bolada de R$ 500 mil para casa. Os vencedores do reality show “Ilhados com a Sogra” mostraram no sucesso da Netflix – com segunda temporada já confirmada – que é possível melhorar o relacionamento familiar, mesmo que para isso seja necessário passar por várias provas BEM intensas. E é claro que a equipe do hugogloss.com não deixaria de conversar com eles. Após batermos um papo com a família Sassone e o time Tenório, chegou a vez dos grandes campeões da competição.
A pergunta que não quer calar é: o que eles fizeram com o prêmio? A família revelou que já recebeu a quantia, mas que, diferente do que falaram durante a final do programa, o destino final foi o investimento. “Quanto ao dinheiro, o prêmio que eu recebi, eu não gastei ele ainda. Já usei um pouco, mas apliquei um pouco do dinheiro e não gastei. Porque é uma coisa que a gente tem que ver com calma, onde fica melhor, o que a gente vai fazer. Eu não gastei o dinheiro ainda”, afirmou Taninha.
“Então, a nossa grana a gente não gastou ainda também, a gente investiu grande parte. A gente está estudando a possibilidade de como construir a nossa nova casa, tão desejada, tanto pela gente, quanto pelo próprio público que quer ver”, disse Rodrigo. Francine acrescentou que comprar um carro novo ainda segue nos planos do casal.
Uma das grandes questões da família a ser resolvida no reality é que Francine Nery e Rodrigo ainda moravam com a sogra. Taninha chegou a falar no reality que uma de suas vontades é que o casal tivesse o seu próprio cantinho. No entanto, a empresária revelou que ainda se divide entre a casa da mãe e a casa dos pais do amado.
“Eu não moro 100% na casa da minha mãe. Eu divido a casa da minha mãe com a casa dos pais de Rodriguinho, que fica mais ou menos uma hora e meia de distância. Eu retorno para a casa da minha mãe para ficar de dois a três dias, no máximo, para atender alguns alunos da minha escola, que fica próximo à casa da minha mãe. O fator principal é o meu filho, é o momento em que eu fico com o meu filho”, explicou ela.
Durante o programa, a pauta de racismo estrutural também foi levantada pelo público devido às atitudes dos participantes com a família Tenório. Segundo Rodrigo, isso não aconteceu com a família Nery, mas o time adversário preferiu se afastar da convivência e isso atrapalhou o relacionamento entre os participantes.
“O que acontece lá, de fato, quem sabe são os participantes que estavam lá dentro, que tinham convivência 24 horas por dia. Mas com certeza, a nossa sociedade é estruturalmente racista, sim. Isso é uma parada que atravessa todos ali de diferentes maneiras, né? Mas eu não acredito que isso tenha acontecido no nosso caso. A família Tenório, a gente viu que eles optaram por encenarem e fingirem brigas. Isso também acabou atrapalhando as relações lá dentro, mas a gente respeitou”, explicou.
Já Francine ressaltou que no bunker a relação foi diferente. Ela e May, inclusive, passavam a maior parte do tempo criando dancinhas! A gente bem se lembra do show de coreô que deram antes da final junto com Vini Sassone, né? Arrasaram demais! Todavia, eles ainda confirmaram que não mantêm mais contato com os Tenório.
Confira a entrevista com os três na íntegra abaixo:
HG: Primeiramente, parabéns para a merecida vitória! Vocês já receberam o prêmio do reality? É R$ 500 mil sem desconto?
Rodrigo: Obrigado, Hugo, obrigado pelos parabéns. A gente ficou bem feliz com essa vitória, a gente estava bem focado para vencer esse programa. E respondendo a pergunta: Não. Não foi sem desconto, teve desconto em cima dos R$ 500 mil de premiação.
HG: Vocês já gastaram o dinheiro? O que vocês já fizeram com o prêmio?
Taninha: Quanto ao dinheiro, o prêmio que eu recebi, eu não gastei ele ainda. Já usei um pouco, mas apliquei um pouco do dinheiro e não gastei. Porque é uma coisa que a gente tem que ver com calma, onde fica melhor, o que que a gente vai fazer. Eu não gastei o dinheiro ainda.
Rodrigo: Então, a nossa grana a gente não gastou ainda também, a gente investiu grande parte. A gente está estudando a possibilidade de como construir a nossa nova casa, tão desejada, tanto pela gente, quanto pelo próprio público que quer ver e…
Francine: Comprar o nosso carro novo.
Rodrigo: É! A gente também quer comprar o carro novo
HG: Rodriguinho e Francine já saíram da casa da Taninha?
Francine: Eu não moro 100% na casa da minha mãe. Eu divido a casa da minha mãe com a casa dos pais de Rodriguinho, que fica mais ou menos uma hora e meia de distância. Eu retorno para a casa da minha mãe para ficar de dois a três dias, no máximo, para atender alguns alunos da minha escola, que fica próxima a casa da minha mãe. O fator principal é o meu filho, é o momento em que eu fico com o meu filho. O meu filho não vai para a casa do Rodrigo porque ele estuda, ele faz futebol, a vida dele é na casa da minha mãe e na casa do pai dele também. Ele divide os dois lugares, a casa da minha mãe e a casa do pai dele. Lá na casa dos pais de Rodrigo tem um quintal bem grande, então é lá que nós vamos construir um espaço só nosso. A gente ganhou esse dinheiro, e agora a gente tem esse projeto de construir um espaço só para a gente.
HG: O que não passou no reality e que deveria ter passado?
Rodrigo: Eu gostaria que passasse um pouco mais da convivência da galera, do dia a dia do pessoal, das conversas do pessoal na vila, que eram muito divertidas, principalmente as minhas com a Socorro. A gente sempre estava levantando o astral do pessoal, sempre procurando fazer o pessoal dar risada. Acredito que o público teria uma percepção melhor para entender a dinâmica de cada família, mas entendo que o programa era de competição e que, de fato, era muito importante passar sobre as provas.
Francine: Uma coisa que não passou no reality e eu acho que deveria ter passado era que eu e a May, para passar o tempo e para descontrair o clima no bunker, que a gente ficava muito tempo sem fazer nada, um olhando para o outro, a gente criava dancinhas. A May, principalmente, fazia várias coreografias, eu e ela. E a gente passava horas e horas fazendo várias dancinhas no bunker, e era legal, era um momento que a gente chamava todos os filhos e apresentava a dança, e todo mundo ficava dançando. Esse momento era mó vibe.
HG: Qual foi o momento mais difícil para vocês no programa?
Taninha: O momento mais difícil para mim no programa foi um erro que eu cometi em uma prova. Esse erro eu cometi por sentir muita dificuldade, realmente, em segurar o balde, que era uma dinâmica da prova e não era permitido. Eu acabei usando a minha mão de forma errada, mas depois eu pedi desculpa para todos os participantes em geral, entendeu? E eu tenho certeza que não cometeria mais esse erro, porque a gente acaba errando por impulso, errando por querer proteger as pessoas. No meu caso, eu não quis desapontar a minha filha, e acabei fazendo esse erro. Esse erro foi o momento mais difícil para mim.
Francine: O momento mais difícil do programa para mim foi na primeira prova, quando a Fernandinha falou bem assim: “Bem-vindos ao Ilhados com a Sogra. Filhos, podem se despedir e ir embora”. Ai eu falei: “O quê?! Você tá de sacanagem”. Cara, eu surtei nesse momento. Eu falei: “O quê? Rodrigo vai ficar com a minha mãe e eu vou embora?”. Cara, esse foi o pior momento para mim. Essa hora eu passei mal e falei: “Eu não acredito que eles vão ficar e eu estou indo embora”.
HG: Vocês mantêm contato com quem?
Francine: Nós mantemos contato com todas as famílias, menos com a família Tenório por opção deles, a qual respeitamos.
HG: Em determinado momento do reality, vocês tiveram alguns entraves na convivência com a família Tenório. Vocês mudaram de ideia sobre eles ao ver o programa?
Francine: Então, a nossa convivência com eles sempre foi muito boa. Na verdade, mesmo tendo alguns impedimentos – que é sempre normal em qualquer relação, ainda mais em um reality confinado, né? – o saldo foi muito positivo. Eu e a May tivemos uma troca super legal dentro do bunker, então a nossa perspectiva não mudou. Jogo é jogo, né? Eles escolheram jogar do jeito deles, e a gente respeitou, cada um segue a estratégica que melhor acredita.
Rodrigo: Faço das minhas palavras as da Francine. Minha relação era ótima, eu era sempre muito educado com todos lá dentro. Sempre usei o lado da educação, da boa convivência. Sempre fui [a favor de] sem brigas, sem confusões. Mas é o que a Francine falou, cada um escolhe a opção, a estratégia, e foi o que aconteceu. Vida que segue.
HG: Vocês chegaram a conversar com eles depois da exibição?
Francine: Depois que eu saí do reality, eu conversei com a May. Mandei mensagem para ela, perguntei como é que ela estava, ela falou que estava bem, que estava tranquila. Tivemos uma breve conversa e tudo certo.
Rodrigo: Eu e Thyago, a gente teve uma conversa bem maneira pós programa, dentro da van, indo embora. A gente se falou bem, mas foi a última conversa que a gente teve. Depois disso, ele bloqueou todos os participantes das redes sociais. Mas a última conversa que a gente teve foi legal, foi bem tranquilo dentro da van.
HG: O público também apontou racismo estrutural de alguns participantes com a família Tenório durante o jogo. Vocês percebiam isso durante as gravações do programa? Como vocês analisam essas acusações, especialmente agora, vendo de fora?
Rodrigo: Então, o “Ilhados com a Sogra” é diferente daqueles realities, tipo “Big Brother”, “A Fazenda”, então ele passa por uma edição. São dias e dias gravados ali que são condensados em sete, oito horas de programa, que é entregue para o público. O que acontece lá, de fato, quem sabe são os participantes que estavam lá dentro, que tinham convivência 24 horas por dia. Mas com certeza, a nossa sociedade é estruturalmente racista, sim. Isso é uma parada que atravessa todos ali de diferentes maneiras, né? Mas eu não acredito que isso tenha acontecido no nosso caso. A família Tenório, a gente viu que eles optaram por encenarem e fingirem brigas. Isso também acabou atrapalhando as relações lá dentro, mas a gente respeitou.
HG: Aquele bunker era de verdade mesmo? Ele era embaixo da terra ou apenas um cenário com um truque de câmera ali na hora de descer pela escada?
Francine: O bunker era, de fato, debaixo da terra, gente. E era um espaço relativamente pequeno para seis pessoas.
HG: Vocês ficavam todo aquele tempo confinado dentro da estrutura ou podiam sair um pouco do bunker para tomar um ar? No programa, é como se vocês ficassem direto ali, mas nos parece um pouco claustrofóbico.
Francine: A gente ficava o tempo inteiro dentro do bunker e não podíamos sair de lá para nada. Era um pouco claustrofóbico, sim, porque batia uma ansiedade às vezes, aí você sentia um pouco de falta de ar. Mas como os filhos eram muito unidos, um ajudava o outro. Quando a gente via que um estava mal, não estava se sentindo bem, estava meio calado, a gente já chamava, já acolhia, começava a conversar. Eu e o Vini, a gente acordava e já chamava para treinar. Então assim, a gente tentava ocupar a mente com atividade física, principalmente eu e o Vini. E a May também, ela sempre chamava para dançar, inventava coreografias, então a gente ficava ali passando o tempo dançando, ou treinando, conversando. Os filhos eram bem unidos, então isso ajudou muito. Quando um estava mal, o outro já ia e ajudava. E a gente fazia isso para poder passar o tempo naquele lugar, que não era fácil, gente.
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