Sara Mariano: Bispo preso por suspeita de participação em assassinato era amigo da cantora, e mensagens são reveladas

Sara Mariano: Bispo preso por suspeita de participação em assassinato era amigo da cantora, e mensagens são reveladas


Weslen Pablo Correia de Jesus, líder religioso mais conhecido na web como bispo Zadoque, foi preso na última terça-feira (14), suspeito de estar envolvido no assassinato da cantora gospel Sara de Freitas Mariano. Segundo informações do UOL, Weslen era amigo próximo de Sara e costumava interagir com a artista nas redes sociais.

A influenciadora gospel estava desaparecida desde o dia 24 de outubro, após sair de casa para um evento em uma igreja evangélica. Um motorista teria sido enviado pela instituição para buscar Sara em sua casa. Ela chegou a gravar alguns vídeos registrando o trajeto, inclusive, passando por um pedágio. No dia 27 de outubro, um corpo carbonizado foi encontrado na beira de uma estrada no município de Dias D’Ávila, na região Metropolitana de Salvador e identificado como sendo da cantora.

De acordo com a Polícia Civil da Bahia, que encabeça a investigação em torno da morte de Mariano, o bispo teria participado do planejamento e execução do crime. No início da semana, ele foi detido, suspeito também de ajudar a botar fogo no corpo da influencer, em uma tentativa de apagar as provas do crime.

Segundo o UOL, antes do assassinato, Sara e Zadoque interagiam frequentemente nas redes sociais. A cantora não poupava elogios ao bispo e o chamava de “amigo”. Em algumas das interações, Sara chegou a convidar o líder religioso para visitar sua casa. “Sou fã de Deus em sua vida, amigo. Amo você. Canta muito para a glória de Deus”, escreveu Sara em uma das publicações de Zadoque no Instagram. Ele, por sua vez, respondeu: “É sempre uma honra receber um comentário seu por aqui”.

Weslen também costumava comentar as fotos e vídeos de Mariano. “Sou aprendiz perto de vossa senhoria”, escreveu em uma ocasião. “Você é mestre”, respondeu a cantora. Sara ainda cobrou a visita do bispo em certo ponto. “Você é muito querido por nossa família, só está nos devendo sua visita aqui, comer um cuscuz temperado”. Ele a respondeu com emojis de coração.

Nas redes sociais, Zadoque acumulou mais de 10 mil seguidores. No Instagram, ele se apresenta como “um mordomo a serviço do céu”.

Sara Mariano e o bispo trocavam comentários nas redes sociais. (Foto: Reprodução/Instagram)
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O crime

O corpo de Sara foi encontrado dia 27 de outubro, na BA-093, região de Dias D’ávila, a 54 km da capital baiana. O cadáver estava carbonizado em uma região de mata, ao lado da pista. Uma transmissão ao vivo mostrou o marido da vítima, Ederlan Mariano, reconhecendo, no local, um chinelo que seria da cantora. De acordo com o esposo, a aliança que estava no corpo também seria da vítima.

Além do Bispo Zadoque, outras duas pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no crime, a primeira delas sendo o marido de Sara, Ederlan Mariano. Ele foi preso pela Polícia Civil da Bahia, logo depois de reconhecer o corpo carbonizado da mulher. As investigações, no entanto, já apontavam que ele era o autor do crime. Em nota, a Polícia Civil disse: “O marido da vítima teve a prisão decretada e cumprida, após a investigação apontá-lo como autor do delito. Em seguida, ele confessou o crime. O homem passou por exames de lesões corporais e está à disposição do Poder Judiciário”.

No pedido de prisão, escrito pelo delegado Evaldo da Costa, o agente aponta que Ederlan começou a pensar no crime em setembro, quando o casal teve “problemas conjugais”. “As investigações dão conta de que toda a trama para levar a vítima ao local do crime começou a partir de 24 de setembro. O investigado [Ederlan] deixa claro sua intenção de destruir as possíveis provas que estavam armazenadas no celular da vítima e prejudicar as investigações dos fatos, bem como impedir a aplicação da lei penal”, continuou.

Marido planejava o crime há mais de um mês, revelou o delegado (Foto: Reprodução/ Instagram)

Informações do portal Alô Juca esclareceram que Ederlan teria tentado formatar o celular de Sara. O técnico que realizou o serviço prestou depoimento na delegacia um dia após o desaparecimento da cantora e apresentou os arquivos do chip à polícia. Sobre a intenção do suspeito desejar apagar as provas, o advogado de defesa destacou: “O Ederlan armazenou os conteúdos, mas a polícia realizou um mandato de busca e apreensão e está com posse dos materiais”.



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