Brasileira de 17 anos sofreu overdose antes de desaparecer nos EUA; relação entre ela e o suspeito é revelada

Brasileira de 17 anos sofreu overdose antes de desaparecer nos EUA; relação entre ela e o suspeito é revelada


Desaparecida há 17 dias nos Estados Unidos, a brasileira Manuela Keller Cohen tinha um histórico com drogas e buscava por tratamento. Nesta quinta-feira (7), Bruno Barreto e Sofia Keller, pais da jovem de 17 anos, revelaram ao jornal “O Globo” que ela já sofreu uma overdose anteriormente, e comentaram sobre a relação entre a filha o suspeito por lhe fornecer as drogas.

Manuela estava em tratamento contra ansiedade e depressão, quando conheceu um rapaz de 21 anos que teria dado a ela os entorpecentes. Bruno e Sofia, entretanto, só notaram o comportamento diferente da filha depois. A adolescente ficou internada por dois meses em uma clínica de reabilitação nos Estados Unidos, e estava comprometida com o processo para sua melhora.

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Mas, pouco tempo depois, Manuela teve uma overdose de fentanil, opioide 50 vezes mais potente que a heroína, que virou problema de saúde pública nos EUA. “Dois meses depois que ela saiu dessa clínica, no início de março deste ano, ela teve uma overdose de fentanil. Foi levada para o hospital desacordada, e foi nessa ocasião que ela, com muito medo do que aconteceu, finalmente abriu o jogo da existência desse rapaz. Ela contou que foi ele quem tinha fornecido o comprimido de fentanil para ela”, explicou Sofia.

Dado o episódio, o casal de brasileiros registrou uma ocorrência policial, fornecendo tudo o que sabia sobre o rapaz. Porém, ao tentarem acompanhar o caso, eles descobriram que nada poderia ser feito, pois o registro junto às autoridades foi médico, e não criminal. “Aí começa nossa frustração sobre a forma como a polícia lida. Ouvi que a evidência é que ela tinha fentanil no corpo, mas não tinham provas concretas de que ele tinha fornecido”, desabafou Sofia.

A mãe de Manuela deu detalhes da relação entre a menina e o suspeito. “No passado, acreditamos em um relacionamento de amizade ou de consumidor/fornecedor. Mas agora, com o desaparecimento e com o acesso que tivemos às mensagens deles, o teor é de quem tinha um relacionamento romântico”, apontou.

Manuela está desaparecida desde o dia 20 de novembro (Foto: Reprodução/Instagram)

Estadia provisória no Brasil

A família chegou a voltar para o Brasil, por orientação do psiquiatra que acompanhava Manuela, para que ela se afastasse do ciclo que a conectou às drogas. Eles voltaram para Brasília, onde ficaram entre abril e setembro. Neste período, Sofia disse que a filha estava comprometida com o tratamento. Mesmo assim, em julho, ela descobriu que o menino ainda tentava contato com a adolescente.

Dificuldades

Sofia Keller destacou que as investigações são uma das partes mais difíceis do processo. Um detetive particular contratado por eles tem enfrentado obstáculos para trabalhar em conjunto com a polícia. A investigação paralela foi sugestão de um advogado do Consulado-Geral do Brasil em Washington, que está prestando aconselhamento jurídico à família.

“Ontem tivemos pessoalmente na polícia, para expressar nossa frustração. E o investigador nos deu a certeza de que ia fazer o contato com o detetive. Temos um círculo de amigos e estamos tendo suporte emocional, mas cada dia sem notícias dela é muito angustiante, sem saber onde ela está ou como ela está”, desabafou a mãe.

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Desaparecimento

Manuela Keller Cohen saiu de casa no dia 20 de novembro e não retornou mais. De acordo com o pai, Bruno Barreto, a filha faria um passeio e voltaria às 18h30 (horário local). Entretanto, ela não avisou para onde iria ou se estaria acompanhada, e deixou a residência sem levar o celular ou as chaves de casa. A jovem saiu apenas com a roupa do corpo e um caderno de desenho que sempre carregava

A polícia norte-americana investiga o paradeiro da adolescente, que mora em Washington D.C. Também foi divulgado um cartaz sobre o sumiço de Manuela. Quaisquer informações sobre o paradeiro dela podem ser comunicadas pelo telefone 202-727-9099 ou enviando uma mensagem de texto para 50411. Saiba mais sobre o caso, clicando aqui.

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