João Doria se pronuncia sobre vídeo de suposta suruba nas eleições e diz saber culpado; assista

João Doria se pronuncia sobre vídeo de suposta suruba nas eleições e diz saber culpado; assista


Nesta quarta-feira (13), durante sua participação no “Alt Tabet”, João Doria revelou o motivo de sua saída do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). O ex-governador de São Paulo também explicou a decisão de trocar a política por meditação e a acusação que recebeu de ter feito uma suruba durante as eleições de 2018.

Para Antonio Tabet, Doria negou a realização da orgia, afirmando que a história era uma montagem feita por um dos candidatos por “maldade”. O vídeo, divulgado durante o segundo turno das eleições vencidas por ele, mostrava um político supostamente participando de uma suruba com pelo menos cinco mulheres.

“Não houve [suruba]. Foi uma maldade sem tamanho, inominável, praticada por um candidato naquele momento. Sei quem fez isso, mas prefiro não tratar desse assunto. Inclusive provamos que aquilo tinha sido uma montagem. Hoje você corre esse risco, alguém pode fazer uma montagem sua em qualquer circunstância”, lamentou.

Segundo Doria, ele não participaria do ato, já que é “muito bem casado”. Ele, porém não respondeu se na juventude já fez algo do tipo. “Sobre o passado, prefiro não fazer nenhum comentário. Mas hoje eu sou casado, bem casado, em uma relação de 30 anos. Gosto muito dela, só tive uma esposa. Quando jovem, antes do casamento, a gente faz muita coisa”, disse ele.

Na conversa, João Doria apontou, ainda, que não pretende voltar para a carreira política. “Não sou mais e nem serei político. Eu disputei cinco eleições e venci as cinco. Não tenho nem mágoa, nem ressentimento da política. Mas a vida ensina você a concluir as suas etapas. Eu concluí a etapa da política, vivi durante seis anos. Cumpri bem o meu mandato, principalmente porque montei uma boa equipe. Com essa conclusão, tomei a serena decisão de voltar de onde eu vim, o setor privado”, justificou.

“Eu sinto falta do povo. Eu gostava do contato. Os sentimentos, as manifestações que recebi, até hoje recebo manifestações onde vou, pessoas que vem, me abraçam, pede uma fotografia, agradecem pela vacina. As coisas que não tenho boa memória, eu apaguei da minha mente e coração. Simplesmente deletei, pra não ficar com nenhum mau sentimento dentro de mim. Faço meditação, oração e muita reflexão. Os que me fizeram mal, me traíram, deletei todos, perdoei todos, deixei tudo no passado”, continuou.

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Doria também falou sobre ter saído do PSDB. Ele renunciou do cargo de governador e venceu as prévias do partido para concorrer à presidência, nas eleições de 2022, mas o PSDB terminou apoiando a candidatura de Simone Tebet (MDB), o que ele chamou de “golpe”. “Foi uma atitude equivocada, pela qual eu já perdoei os que assumiram o comando deste equívoco. Foi um confronto à democracia. Você tem uma eleição, vence e não disputa porque alguém não honra o que foi promovido pelo partido. Isso pode ser interpretado como golpe”, apontou. “O PSDB ficou sem candidato à presidência pela primeira vez em muitos anos, comprometeu a estrutura do partido nacionalmente”, acrescentou.

Desde sua saída, o empresário passou a confiar mais na meditação: “Depois do período de governo, estou exercitando mais meditação, reflexão. Usufruo do beneficio que ela proporciona. Troquei a política pela meditação com yoga, me faz muito bem. Meditar, refletir”.

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Ele também opinou sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “Não tenho intenção de voltar para a política. Quero ser agente positivo pro Brasil, eu amo meu país e não quero ir embora. Quero que meus filhos também gostem e o que eu puder fazer pro bem do país farei, seja quem for o presidente. Hoje tenho uma visão melhor, me libertei das questões ideológicas, programáticas partidariamente. Posso ser criticado por isso, mas faz parte. Espero que o governo Lula funcione bem, se for bem avaliado será melhor, especialmente para os mais pobres”, afirmou.

Doria também mencionou a questão do tráfico de drogas, ao dizer que esse é um “problema nacional” e não só do Rio de Janeiro. “Não é problema do Cláudio Castro, nem do prefeito Eduardo Paes, é um problema histórico. Exige que se haja uma ação do governo federal. Não é um tema do Rio de Janeiro. É um problema nacional. Ultrapassa fronteiras. Os traficantes de armas e drogas, eles não têm limites. À medida que se fortalecerem no Rio, vão para os outros estados”, concluiu.

Assista à entrevista na íntegra: 

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