Documentos obtidos pelo The Post nesta terça-feira (2) revelaram detalhes sobre a batalha judicial entre Kelly Clarkson e o ex-marido, Brandon Blackstock. Segundo o veículo, a cantora alegou que o antigo parceiro uma vez lhe disse que ela “não era sexy o suficiente” para trabalhar como treinadora do “The Voice“.
Clarkson e Blackstock ficaram juntos por sete anos e se separaram em junho de 2020. Entretanto, ele só finalizaram o divórcio após uma longa e amarga disputa nos tribunais, que acabou em março de 2022, em um acordo de mais de R$ 6 milhões. Desde então, a artista entrou com um outra ação contra o ex-marido, em 2023, na qual fez revelações bombásticas sobre negócios ilegais fechados por Brandon em seu nome.
Os papeis revelam que a Kelly teria dito ao marido por diversas vezes ao longo dos anos juntos que queria estrelar o programa de competição de canto da NBC. Entretanto, Blackstock rebateu dizendo que os executivos do “The Voice” estavam “procurando por um tipo [de apresentadora] considerada um símbolo sexual”, como Rihanna.
Kelly acabou ingressando no programa em 2018, durante a 14ª temporada da competição de talentos. À Justiça norte-americana, Clarkson alegou, ainda, que seu ex-marido teria dito a ela que a NBC “tinha que ter alguém que fosse negro” no time de jurados. “Eles tinham que ter uma coisa diversa”, teria dito Blackstock. Ele reforçou, ainda, que ela e o cantor Blake Shelton – que já era treinador do programa – “eram muito parecidos”.
Quando questionada por seu advogado Ed McPherson como ela conseguiu se lembrar da conversa específica, Clarkson respondeu: “Bem, uma esposa não se esquece de uma ocasião em que lhe disseram que ela não é um símbolo sexual, então isso fica marcado”.
Ainda segundo documentos, Blackstock disse aos executivos da NBC em 2017 que eles deveriam contratar Clarkson para o “The Voice” e que, caso contrário, ela se juntaria ao programa rival, “American Idol”, da ABC, no qual ela iniciou sua carreira. O ex-marido da cantora afirmou, no mesmo ano, que dois agentes musicais da CAA (Creative Artists Agency) o aconselharam a pressionar a NBC, dizendo aos executivos que Clarkson já estava em negociações com a emissora rival.
Blackstock supostamente bloqueou os agentes CAA de Clarkson de participarem das conversas de negociação com a NBC, e Kelly “nem sabia que havia um acordo do ‘The Voice’ na mesa” até que o marido recebeu uma oferta. Clarkson ganhou o caso, e um comissário do trabalho da Califórnia condenou Blackstock a pagar US$ 2,6 milhões (aproximadamente R$12 milhões) por conduzir negócios ilegais que deveriam ter sido administrados pelos agentes de Kelly.
Depressão pós-divórcio e nova vida
Após lançar um novo álbum de estúdio, “Chemistry”, em junho do ano passado, Kelly abriu o jogo sobre os últimos anos de sua vida em conversa com a People nesta quarta-feira (3).
Ela confessou que o divórcio fez com que caísse em depressão e Clarkson recorreu à medicação para melhorar. “Eu simplesmente não conseguia mais sorrir para a América naquele momento. Não estava feliz e precisava de ajuda… Eu não teria conseguido [sem a medicação]”, destacou ela.
Porém, compor as novas músicas foi uma forma de escape emocional. “Eu não via nada além de: ‘Esta é a minha saída’. Sou uma pessoa desapegada, eu não guardo rancor. Então foi realmente um processo de entender o que aconteceu na minha vida e por quê – e o que faria a respeito?”, começou ela. “Não consigo expressar o quanto me sinto grata por ter esse tipo de saída saudável. Porque o nível de depressão e as coisas que acompanham o divórcio ou o luto são extraordinariamente difíceis. Você se sente sozinho e é uma bênção poder ter essa saída para essas emoções que são avassaladoras”, acrescentou.
“Estou recuperando meu poder”, disse ela sobre o novo trabalho e a nova fase após a mudança para Nova York. “Isso parece muito terapêutico, mas é porque adoro terapia e acho importante ter essas ferramentas para navegar em sua vida e em seus relacionamentos”, finalizou.
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