Neymar Jr. e sua família teriam dado apoio financeiro e jurídico para Daniel Alves, em meio ao caso de agressão sexual que corre na Justiça espanhola. De acordo com o UOL, o pai do jogador transferiu uma alta quantia de dinheiro para auxiliar na defesa do lateral, que está preso há quase um ano na Espanha e com os bens bloqueados.
O veículo ouviu três fontes próximas a Alves, e descobriu que o valor enviado pelo pai de Neymar foi usado para pagar uma multa de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) à Justiça. O pagamento é chamado de “atenuante de reparação de dano causado” e pode ser usado para reduzir a pena do acusado, em caso de condenação.
O UOL informou ainda que teve acesso ao comprovante da transferência, feita para uma das advogadas de Daniel Alves no caso, Miraida Puente. A quitação da multa, por sua vez, ocorreu no dia 9 de agosto de 2023. Pouco antes disso, no dia 28 de junho, o lateral nomeou Gustavo Xisto como seu procurador.
O profissional é um dos representantes jurídicos mais antigos nas empresas comandadas por Neymar pai. Após assinar um documento, Alves tirou o comando de seus bens das mãos da ex-mulher, Dinorah Santana. Até o momento Neymar ou sua família não se pronunciaram sobre as notícias.
Relembre o caso
Daniel Alves foi detido no dia 20 de janeiro de 2023, na Espanha, após ser acusado de abuso sexual. Segundo a denúncia, que está na Justiça da Catalunha, uma mulher de 23 anos declarou que foi estuprada pelo jogador durante uma festa em Barcelona, no dia 30 de dezembro de 2022. Clique aqui para saber os detalhes.
Em agosto, a Justiça da Espanha o acusou formalmente pelo crime de agressão sexual. Perante a juíza, ele afirmou que não concordava com seu indiciamento. Daniel, entretanto, comunicou a decisão de não recorrer porque quer “agilizar” o processo para o julgamento acontecer o mais rápido possível.
Desde que foi detido, ele já mudou sua versão dos fatos pelo menos três vezes. Na primeira vez em que falou sobre o caso, ele afirmou que não conhecida a denunciante; já em abril do ano passado, ele disse à juíza responsável pelo processo que teve relações sexuais consensuais com a jovem, mas sem penetração. Alves afirmou que negou em um primeiro momento pois queria esconder a infidelidade da esposa, a modelo Joanna Sanz.
Na versão mais recente, Alves admitiu que houve penetração, mas continua reforçando que a relação com a moça foi consensual. A suposta vítima, no entanto, nega qualquer consentimento ao jogador. O julgamento está previsto para ocorrer entre 5 e 7 de fevereiro deste ano. Até lá, o brasileiro seguirá preso, sem direito a fiança.
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