Testemunhas ouvidas pela Polícia Civil afirmaram que Fernando Sastre de Andrade Filho, que conduzia a Porsche no momento da colisão que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, dirigia em alta velocidade e apresentava sinais de embriaguez. Um homem e uma mulher que presenciaram o acidente prestaram depoimento nesta terça-feira (2), no 30º Distrito Policial (DP), em Tatuapé, em São Paulo.
Eles afirmaram que passavam pela Avenida Salim Farah Maluf, quando foram ultrapassados pelo veículo avaliado em mais de R$ 1 milhão, que depois acelerou até bater na traseira do carro da vítima. A testemunha parou o seu automóvel e foi prestar socorro a Ornaldo. Ele contou que a vítima tinha “sangue no rosto” e estava “inconsciente”.
Já a mulher declarou que Fernando “aparentava sinais de embriaguez, cambaleando, voz pastosa e não sabia dizer o que estava acontecendo. Só pedia para sair da frente dele”. Segundo a mulher, o acusado e o seu amigo, que estava no carro e também apresentava sinais de embriaguez, não prestaram socorro.
As duas testemunhas falara que namorada e a mãe de Fernando, além de outras mulheres que foram até o local depois do acidente, queriam retirar o motorista da Porsche e o amigo de lá. Todavia, elas foram impedidas pela testemunha e outras pessoas que foram ver o ocorrido. “Só vão sair daqui após o outro motorista ser atendido pelo resgate”, disse ela na ocasião.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) também divulgou que Fernando havia recuperado a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) 12 dias antes do acidente. O motivo da suspensão do documento não foi detalhado.
O acidente
A colisão aconteceu por volta das 2h20 de domingo (31), na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, e foi registrada por câmeras de segurança. Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros em parada cardiorrespiratória, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao dar entrada no Hospital Municipal do Tatuapé com traumatismos múltiplos. Como apontou o boletim de ocorrência, um jovem de 22 anos que estava como carona no carro de luxo ficou ferido e foi encaminhado para um hospital da região. Confira o momento da colisão:
Ao portal g1, os advogados de defesa alegaram que Fernando não fugiu do local e apontaram que ele foi liberado pelos policiais militares para ser encaminhado ao hospital. O pedido de prisão temporária do motorista da Porsche foi negado pela Justiça de São Paulo, que entendeu que faltaram evidências. Leia mais detalhes, clicando aqui.
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