Fernanda Bande não conseguiu segurar as lágrimas ao comentar os ataques que seu filho, Marcelo, vem sofrendo nas redes sociais. Em uma entrevista emocionante à revista Marie Claire, divulgada nesta quinta-feira (4), a “loba” revelou que foi proibida por sua família de voltar às redes sociais devido ao número de mensagens agressivas que o menino está recebendo.
Marcelo, que está dentro do espectro autista, foi um dos maiores motivos de Fernanda entrar no reality. Na conversa, ela confessou que quase desistiu do programa, mas a promessa de uma vida melhor para a família a fez pensar duas vezes. “Será que vale a pena não agarrar essa oportunidade por conta dos julgamentos, das pressões que vão vir, dos dedos que virão apontando para mim? E aí eu arrisquei”, relembrou.
Contudo, a confeiteira não esperava que sua participação fosse afetar os filhos de forma negativa. Apesar de não se arrepender de ter entrado na atração, ela chorou ao falar sobre os xingamentos contra seu filho. “Tem muita gente falando m*rda dele [Marcelo]. Meu irmão, que cuida das minhas redes, não está me deixando ter acesso a esses comentários, mas as pessoas estão desejando mal para ele… desejando mal para mim, chamando ele de ‘doente’, falando que eu mereço uma criança ‘doente’ e isso tá me doendo muito!”, disse, às lágrimas.
Fernanda reforçou que não está acostumada com a vida pública, mas que também tem sentido o carinho dos fãs. “Eu não estou entendendo o que é ser ‘artista’ e o que aconteceu, porque não fui lá pra ser isso, fui pela escolha de tentar ter uma vida melhor. E quando você me pergunta se valeu a pena, só posso te dizer agora que sim, por conta do que veio de bom. Então, assim, quem julgou uma fala errada minha ainda se tornou uma minoria cruel, mas ainda uma minoria do que ganhei, do que estou descobrindo, do que estou querendo”, ponderou.
A morena ainda refletiu sobre as críticas que recebeu por suas falas dentro do programa: “Tive um filho cedo, aos 19 anos, e as pessoas ao meu redor foram viver suas vidas e eu fiquei cuidando dos meus. Esse abandono acontece com muitas mulheres e é realmente triste. Era muito desesperador e fiquei muito amargurada, com medo, até começar a realmente aprender a ser mãe. Isso me deixou um pouco bruta, séria e até mais insensível em algumas questões. Só que era uma armadura, o tanto que eu choro e chorei, de desespero, inclusive, mostra que não é toda essa força. Criei um personagem para sobreviver e é isso”.
Por fim, a ex-BBB deu sua opinião sincera sobre maternidade solo e contou que se sentiu representada com o apelido carinhoso de “loba”, por ser considerada uma mulher independente, de atitude e corajosa, pelos fãs. “Às vezes [ter filhos] vira um grande amor a partir da dor, é aí onde me encaixo. Sofri na maternidade do Marcelo coisas que não sofri tanto na Laura, mas fisicamente ela me trouxe mais dor do que na primeira vez, eu não conseguia mais andar no final da gestação. Eu estava exausta, pedindo a Deus um pouquinho mais de força, e às vezes entregando os pontos, me questionando se era isso o que eu queria. E a gente não tem com quem conversar, porque ainda é muito pesado falar sobre isso. As pessoas têm vergonha, têm medo de verdade dos julgamentos até da sua mãe, da sua amiga, da sua prima”, apontou.
“Eu achei sensacional ser a ‘Loba’. Ainda não tenho muito conhecimento desse arquétipo, mas me disseram que ela luta pelos filhotes, é perigosa, e sim, eu caibo nessa gaveta. Porque não tive escolha de ser outra coisa na minha vida, sempre tive que ser brava, ir lá e resolver, defender a mim e aos meus”, concluiu.
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