admin Lucas Bravo tem se questionado sobre retornar para “Emily em Paris“, e o quanto de liberdade tem tido na série. Em entrevista ao site IndieWire, publicada nesta quarta-feira (30), o ator revelou o que acha sobre a jornada de seu personagem, Gabriel, na produção da Netflix, e disse estar “frustrado”.
“O ‘chef sexy’ fazia parte de mim na 1ª temporada e fomos nos afastando, devido à direção que o fizeram tomar. Nunca estive tão longe dele“, lamentou Bravo. Ele ainda contou que tentou reverter a situação. “Tentei durante as temporadas trazer variações, mas não temos muita liberdade no set. Não podemos mudar uma palavra ou emoção. Eles sabem o que querem e nós temos de obedecer”, confessou.
O astro ainda detalhou o que anda o desapontando. “À medida que tornaram [Gabriel] inconsciente do que o rodeava, sempre como vítima, alheio a tudo, sendo manipulado por todos, deixou de ser divertido para mim ver um personagem de quem gosto tanto ser lentamente transformado em guacamole”, desabafou.
Bravo revelou, ainda, que a situação o faz reavaliar se quer seguir no elenco. “Isso me faz pensar se quero participar da 5ª temporada, porque o meu contrato termina na 4ª”, disse. Ele apontou o que gostaria para o futuro do personagem. “Quero ver se o Gabriel volta a ser divertido, atrevido, brincalhão e vivo. Porque três temporadas dele melancólico, triste, deprimido e perdido não tem mais graça“, lamentou.
O ator opinou sobre o motivo pelo qual a série está tomando este caminho. “Provavelmente, estão se agarrando em algo que não imaginavam que teria tanto sucesso, e focaram em manter como está. Tudo o que possa sair do rumo é cuidadosamente retirado. São muitos soufflés. Grávida? Não, falso positivo. Vai para Roma? Não, vai voltar. Falta se arriscar”, relatou ele.
“Mas eu adoro a série. Não vou mentir, estou frustrado com o rumo do personagem. Mas veremos. O espetáculo ainda não acabou”, finalizou o assunto.
O francês ainda comentou sobre o momento em que Emmanuel Macron, presidente da França, opinou sobre a produção. À Variety, Macron havia dito que “‘Emily em Paris’ em Roma não faz sentido”, reforçando sua intenção de “lutar para que a personagem permaneça na capital francesa”.
“O Presidente também grava com Instagrammers e YouTubers. Ainda reagimos a isto como se ele fosse uma figura inacessível. Mas, hoje em dia, se o colocarmos no contexto da nossa sociedade, não é tão louco que ele tenha feito isso“, opinou o intérprete de Gabriel.
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