Brad Pitt revelou que papel não faria de novo: Aquiles, de “Troia” (2004). Em entrevista ao The New York Times, o astro afirmou que esse é o único personagem da carreira que se arrepende de ter interpretado.
O ator não queria participar da produção desde o início, mas acabou sendo escalado porque o estúdio precisava que ele compensasse o prejuízo causado por sua saída de outro projeto. “Eu tive que fazer ‘Troia’ porque — acho que posso dizer tudo isso agora — desisti de um outro filme e, então, tinha que fazer algo para o estúdio. Então, fui colocado em ‘Troia’”, explicou ele.
O artista destacou que não foi uma experiência ruim dar vida a Aquiles, mas que a forma como a trama foi contada pelo diretor da produção, Wolfgang Petersen, não o agradava: “Não foi doloroso, mas eu percebi que a forma que aquele filme contava a história não era como eu queria que fosse. Eu mesmo tive meus erros nele. ‘O que eu quero dizer sobre Troia?’ Eu não conseguia sair do centro da tela. Estava me enlouquecendo”.
Ele ainda mencionou outro diretor, David Fincher, com quem trabalhou em três grandes filmes — “Se7en: Os Sete Crimes Capitais” (1995), “Clube da Luta” (1999) e “O Curioso Caso de Benjamin Button” (2008) — para justificar seu arrependimento: “Eu havia me tornado mimado ao trabalhar com David Fincher. Não estou esnobando o Wolfgang Petersen, ‘O Barco’ é um dos melhores filmes já feitos. Mas em algum ponto durante a produção, ‘Troia’ havia se tornado uma coisa meio comercial. Toda cena era ‘Olha só! Aí está o herói!’. Não tinha mistério algum”, declarou.
Pitt também viu o lado bom da experiência e afirmou que atuar no longa foi uma virada de chave para sua carreira nos anos seguintes: “Então, naquela época, eu tomei a decisão de que apenas iria investir em ‘histórias de qualidade’, por falta de outro termo. Era um fator de diferenciação que levou para a década seguinte de filmes”.
Apesar da reprovação do ganhador do Oscar, “Troia” foi um sucesso estrondoso de bilheteria e arrecadou US$ 500 milhões com um orçamento de “apenas” US$ 175 milhões. Ele foi o oitavo filme mais lucrativo de 2004.
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