Segundo o depoimento da vítima à Polícia Militar, o suspeito pegou uma faca e passou a ameaçá-la de morte quando os dois estavam em casa. Jhenipher, então, esperou um momento de distração do homem e pulou da janela do quarto. “Eu pedi ajuda aos meus familiares paternos, e eles pediram medida protetiva para mim. Eu tenho medo, sabe? Eu preciso de ajuda, e se eu não pedir ajuda, eu vou ser mais um número. E eu não quero ser mais um número”, desabafou.

Após a queda, Jhenipher foi socorrida pelos vizinhos. “Ele desceu do prédio e eu gritei por socorro. Ele me pegou [no colo] e eu gritei, falei da faca, mandei ele levantar a blusa. Pensaram que, pela queda, eu estaria alucinando“, relatou. O suspeito pegou a vítima nos braços, a colocou no carro e saiu do local. Ela viu uma viatura da Polícia Militar e colocou um dos braços para fora com o objetivo de pedir socorro.
Os policiais pararam o veículo. O suspeito falou que levaria a mulher até a UPA Ressaca, em Contagem. No hospital, Jhenipher ficou internada por 12 dias, tendo seu agressor como acompanhante. Desde o acidente, ela faz tratamento contínuo e uso diário de medicação para controle da dor.
“Eu fiquei 12 dias com ele no hospital, ele não deixava ninguém ficar comigo. Por medo, eu omiti esse caso esse tempo todo, porque vejo na televisão que a vítima quando pede ajuda, nem sempre tem sucesso. O agressor ainda termina de matar”, declarou ela ao g1, nesta terça-feira (18).
O caso foi denunciado no Ministério Público de Minas Gerais e na Polícia Civil. Apesar de já estar com um mandado de prisão em aberto pela tentativa de feminicídio, o suspeito ainda não foi encontrado.