Três anos após o polêmico tapa em Chris Rock durante a cerimônia do Oscar, Will Smith quebrou o silêncio sobre a proibição de 10 anos imposta pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Em entrevista recente à Associated Press, o ator falou sobre sua visão a respeito da punição e seu futuro na premiação.
Para quem não se lembra, Smith foi banido da cerimônia poucos dias depois de conquistar sua primeira estatueta por “King Richard”. A decisão foi uma resposta à agressão contra Rock, ocorrida ao vivo durante a 94ª edição do Oscar. O comediante havia feito uma piada comparando Jada Pinkett Smith, esposa de Will, à personagem G.I. Jane, interpretada por Demi Moore em 1997. A referência foi considerada insensível, já que Jada sofre de alopecia, condição que causa queda de cabelo.
Após o tapa, Smith voltou ao seu lugar e, exaltado, gritou contra Rock. A Academia rapidamente condenou a atitude e, além da proibição de 10 anos, Smith renunciou à sua filiação à instituição. Embora não tenha se desculpado no discurso de aceitação do prêmio naquela noite — justificando sua atitude com a frase “o amor nos faz fazer coisas loucas” —, o ator mais tarde reconheceu seu erro e pediu desculpas publicamente a Rock.
So Will Smith smacked the shit out of Chris Rock over this joke and is not even together with Jada Pinkett
… this is embarrassing city boys down -1000 pic.twitter.com/l0SPqz4xsz
— Chombe
(@Chombe1080) October 11, 2023
Agora, questionado sobre a possibilidade de recorrer da decisão ou simplesmente esperar o tempo passar, Smith demonstrou resignado com a situação: “Estou buscando ser o melhor ser humano que posso ser, e vou aceitar o que vier com isso”.
Apesar da polêmica, a carreira do ator não sofreu um impacto significativo. Seu filme mais recente, “Bad Boys 4”, arrecadou mais de US$ 400 milhões nas bilheteiras, e ele já tem novos projetos em andamento, incluindo “Eu Sou a Lenda 2” e “Fast and Loose”, dirigido por Michael Bay.
Diante de seu arrependimento e conduta nos últimos anos, alguns especulam que a Academia possa reconsiderar a punição antes do prazo final, em 2032. Há precedentes para isso: Richard Gere, por exemplo, foi proibido de apresentar o Oscar por 20 anos após criticar publicamente o governo chinês em 1993, mas ainda pôde comparecer ao evento como convidado. Resta saber se Will Smith enfrentará os mesmos 10 anos de afastamento ou se a Academia reavaliará sua decisão.
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