Durante o “Saia Justa” desta quarta-feira (19), Eduardo Sterblitch abriu o jogo sobre sexo e filmes pornôs. Na conversa, com Sabrina Sato, Astrid Fontenelle, Larissa Luz e Luana Xavier, o ator contou como a indústria adulta influenciou a sua vida sexual, e analisou como o machismo afeta os homens.
“Eu e 90% das pessoas que eu conheço, homens, têm uma impressão que têm uma liberdade sexual de conhecimento e desse ‘falou sobre isso’ mais cedo, mas eles não sabem transar. Mas eles não sabem transar“, pontuou o artista. “Eu não sei transar! Porque a gente aprendeu vendo filme pornô”, continuou. “Acho que tem uma coisa da forma como o homem trata a mulher, por conhecer o sexo através de vídeo e não de uma experiência real“, declarou.
Ele, então, deu mais detalhes: “É uma coisa baseada na glande, no coito, na penetração…Então, o homem é meio raso. Por isso, eu acho que a gente não consegue conectar muito com a mulher“. “Eu tava falando com a Milly Lacombe (escritora) – que é gênia, né – e ela falou que a diferença do sexo entre uma mulher com um homem, ou de um homem com um homem, pro de mulher com mulher, é que os dois primeiros duram dez minutos, e o de mulher com mulher, dez dias. Elas tão transando e ninguém tá percebendo, sabe? No aeroporto, na reunião… Elas já tão transando, se olhando, e ninguém tá percebendo“, explicou o ator.
Casado Louise D’Tuani há sete anos, ele contou que faz terapia de casal. “É importante porque você vai para assuntos que você sente como trauma, bloqueia aquilo e só fica se defendendo. Porque o medo vira raiva, né?“, revelou. “Muita gente romantiza a coisa do casamento. Tem gente que quer salvar o casamento, isso é doentio! O casamento é uma instituição, a gente não tem que salvar. Tem muita gente que não nasceu para ser casado, mas insiste em ficar casado“, afirmou.
“A maioria dos homens têm a impressão de que eles têm liberdade sexual, mas não sabem transar, porque a gente aprendeu a transar vendo filme pornô. Então, é uma coisa muito baseada na glande, no coito, na penetração. O homem é raso.” @edu #SaiaJustaNoGNT pic.twitter.com/KutwStsuZF
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O papo agora é sobre amor e sexo: “a conversa tem que doer, por isso que é importante terapia de casal, porque você vai para assuntos que seu subconsciente entende como trauma, aí você bloqueia aquilo e fica só se defendendo, porque o medo vira raiva.” @edu #SaiaJustaNoGNT pic.twitter.com/eDckONmief
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Em outro momento, ele se abriu mais sobre suas experiências pessoais. “Sempre tive pudor. Por muito tempo fiz sexo no escuro, tinha vergonha do meu corpo. Meu primeiro beijo na boca eu tinha 15 anos e ele 40 anos. E foi em cena! (…) Tem muita gente que não nasceu para ser casado, mas insiste em ficar casado. Acho que a maioria das pessoas não transa muito, não. Tem gente que não gosta de transar“, comentou.
No papo, Edu ainda falou sobre as diferenças entre a sua carreira artística e sua vida pessoal. Conhecido por papéis cômicos como o Freddie Mercury Prateado ou Leôncio Tudo Rui, de “Cine Holliúdy”, Sterblitch revelou que a profissão o ajudou a lidar com a timidez.
“Eu gosto do ridículo, porque as pessoas têm medo do ridículo, né? Eu percebo isso. A gente como artista tem que trabalhar pro público, então a gente percebe onde tem uma certa deficiência de tipo ‘ih, a gente tem um certo tabu aqui, então vamos falar, vamos provocar nesse lugar‘”, ponderou. “Eu acho que a minha vocação, a minha profissão me ajuda a lidar com isso de uma forma melhor“, refletiu.
“Eu gosto do ridículo porque as pessoas têm medo do ridículo, mas a gente como artista trabalha para o público, então a gente percebe onde tem uma certa deficiência, onde tem um tabu, então a gente pensa: ‘vamos provocar nesse lugar’.” @edu #SaiaJustaNoGNT pic.twitter.com/MWb5OFgjVK
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