[Alerta de conteúdo sensível] Nick Carter está sendo acusado de ter estuprado uma menina menor de idade em 2001. De acordo com uma coletiva de imprensa realizada pela suposta vítima e seus advogados nesta quinta-feira (8), ela tinha apenas 17 anos quando o membro dos Backstreet Boys a agrediu sexualmente.
Durante uma transmissão ao vivo no Facebook, Shannon “Shay” Ruth, com 39 anos atualmente, recordou o momento às lágrimas. “Os últimos 21 anos foram cheios de dor, confusão, frustração, vergonha e automutilação que são resultado direto de Nick Carter ter me estuprado”, afirmou a mulher.
A denúncia afirma que, depois que Ruth compareceu ao show da boyband e entrou na fila para autógrafos, Carter a convidou para acompanhá-lo em um ônibus da turnê, onde ele supostamente serviu a ela uma bebida que chamou de “suco VIP”. Ela disse acreditar que a bebida era uma mistura de álcool e suco de cranberry.
Ruth alega no processo que, depois de beber o “suco”, Carter a levou ao banheiro do ônibus e ordenou que ela fizesse sexo oral nele. Ele então supostamente a levou para uma cama na parte de trás do ônibus e continuou a agredi-la sexualmente enquanto ela implorava para que ele parasse.
“Embora eu seja autista e viva com paralisia cerebral, acredito que nada me afetou mais ou teve um impacto mais duradouro em minha vida”, disse ela. Na coletiva, a mulher também acusou o artista de usar termos capacitistas e misóginos, supostamente chamando-a de “p*tinha r*tardada” e dizendo que ninguém acreditaria nela. Ruth disse que, logo depois do trauma, começou a se automutilar. “Eu senti que não tinha para onde ir, nenhuma maneira de expressar minhas emoções, dor e confusão, exceto me machucando. E eu realmente acreditava que, se contasse a alguém, iria para a cadeia”, declarou.
Ruth também afirma era virgem na época e contraiu o HPV após o encontro. Segundo ela, sua motivação para a denúncia é “responsabilizar” Carter e “impedi-lo de atacar mais adolescentes e mulheres”. “Só porque Nick Carter é uma celebridade não significa que ele está isento de seus crimes. Eu sou um sobrevivente e sempre serei”, concluiu a mulher.
O advogado de Ruth, Mark J. Boskovich, também tomou à frente para apoiar sua cliente. Ele disse que outras três mulheres são citadas em uma ação conjunta movida ao lado da vítima. “Nick Carter tem uma longa história de abuso de mulheres”, afirmou o advogado, acrescentando que a indústria da música supostamente tem um histórico de “desviar o olhar”. “Shay está determinado a levar Carter à justiça. Ela acredita que vale a pena proteger outras mulheres”, finalizou Boskovich. Assista à coletiva:
Esta não é a primeira vez que o cantor é acusado de má conduta sexual. Em 2017, a ex-integrante do grupo feminino Dream, Melissa Schuman, afirmou que Carter a agrediu sexualmente quando ela tinha 18 anos e ele 22. “Eu disse a ele que era virgem e não queria fazer sexo”, escreveu Melissa em um post de blog na época. “Eu disse a ele que estava me guardando para meu futuro marido. Eu disse isso várias vezes. Ele sussurrou em meu ouvido para me seduzir: ‘Eu poderia ser seu marido’”, acrescentou.
Carter disse anteriormente em resposta: “Melissa nunca expressou para mim enquanto estávamos juntos ou em qualquer momento que algo que nós fizemos não foi consensual. É contrário à minha natureza e a tudo que eu prezo intencionalmente causar desconforto ou dor para alguém”.
Posicionamento de Nick Carter
Por enquanto, o próprio Nick Carter ainda não se manifestou sobre a nova denúncia, contudo, uma fonte próxima ao artista afirmou ao TMZ que “essa acusação é categoricamente falsa, Nick está se concentrando em sua família e lamentando a morte de seu irmão [Aaron Carter, morto em novembro]”.
Seu advogado, Michael Holtz, também emitiu um comunicado ao portal: “Esta alegação sobre um incidente que supostamente ocorreu há mais de 20 anos não é apenas legalmente sem mérito, mas também totalmente falsa. Infelizmente, por vários anos, a Sra. Ruth foi manipulada para fazer falsas alegações sobre Nick – e essas alegações mudaram repetidamente e materialmente ao longo do tempo. Ninguém deve ser enganado por um golpe de imprensa orquestrado por um advogado oportunista – não há nada a essa reivindicação, que não temos dúvidas de que os tribunais perceberão rapidamente”.
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