Um homem morreu recentemente na Flórida, Estados Unidos, após tomar a limonada de um famoso restaurante de fast food do país, o Panera Bread. De acordo com o The New York Times, Dennis Brown, de 46 anos, teve um ataque cardíaco enquanto retornava para casa à pé depois de tomar a bebida do estabelecimento, que possui alto teor de cafeína.
A mãe, irmã e o irmão da vítima abriram um processo contra o restaurante por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. Dennis era um cliente assíduo do local e costumava pedir a chamada “limonada carregada” frequentemente desde o final de setembro. De acordo com o documento, o homem tinha deficiência intelectual leve e a visão embaçada, além de atraso no desenvolvimento, mas vivia uma vida independente.
Em um determinado dia, ele pediu a bebida e encheu o copo duas vezes em um período de uma hora e meia. Ele sofreu um ataque cardíaco no caminho para casa. A vítima foi encontra inconsciente e declarada morta no local. No entanto, Dennis não foi o primeiro cliente que morreu desta forma.
Sarah Katz, de 21 anos, também foi encontrada morta após tomar a “limonada carregada”. O caso aconteceu em setembro de 2022. Segundo o processo, ela foi diagnosticada com um problema cardíaco chamado “síndrome do QT longo” quando tinha cinco anos de idade. Sarah controlou o quadro com medicamentos e a limitação de cafeína. Ela morreu depois de ingerir a bebida e ter duas paradas cardíacas.
Sobre este caso, o restaurante disse: “Trabalharemos rapidamente para investigar minuciosamente este assunto”. O processo continua em aberto. Já sobre a situação de Brown, a empresa afirmou que “expressa profunda simpatia pela família do Sr. Brown” e que “com base na nossa investigação, acreditamos que o seu infeliz falecimento não foi causado por um dos produtos da empresa”.
Em relação à ação movida pela família de Brown, a empresa ainda acrescentou que “considera esta ação, que foi movida pelo mesmo escritório de advocacia de uma ação anterior, igualmente sem mérito. A Panera defende firmemente a segurança de seus produtos”.
Os advogados da vítima afirmaram que a bebida deveria ser comercializada como energético por causa da quantidade de cafeína e açúcar. No entanto, em todas as unidades, a limonada não era vendida junto com bebidas sem ou com menos cafeína, além ser vendida tanto para crianças como para adultos.
“Este marketing é especialmente perigoso para uma população vulnerável, crianças e adultos que razoavelmente acreditariam que este produto era limonada e seguro para consumo”, declarou a defesa de Dennis. No processo, ainda é descrito que a bebida pode ser perigosa porque é misturada no local pelos funcionários, portanto seu teor de cafeína não é estritamente controlado.
O estabelecimento se recusou a comentar se mudou a composição de sua bebida. No site da empresa há uma descrição de que as “limonadas carregadas” devem ser “consumidas com moderação” e que “não é recomendada para crianças, pessoas sensíveis à cafeína, pessoas grávidas ou lactantes”.
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