Laudo da Polícia Civil aponta substância e como aconteceu o envenenamento de mãe e filho em Goiás

Laudo da Polícia Civil aponta substância e como aconteceu o envenenamento de mãe e filho em Goiás


Após concluir que Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e sua mãe, Luzia Alves, de 86, não foram envenenados por pesticidas, a Polícia Civil de Goiás informou que encontrou “óxido inorgânico” nos doces consumidos pelas vítimas. De acordo com o laudo das autoridades, divulgado pelo portal Metrópoles nesta quarta-feira (27), a substância altamente tóxica teria sido acrescentada nos alimentos após a compra.

Anteriormente, os policiais acreditavam que o veneno teria sido colocado no suco. A substância, porém, foi encontrada nos bolos de pote. O relatório também indicou que as mortes de mãe e filho “não foram decorrentes de causas naturais”. A Polícia Civil optou por não divulgar o nome do produto por “questões de segurança”, já que o elemento é de uso industrial e pode ser encontrado na revenda de reagentes químicos.

Em coletiva de imprensa, as autoridades apontaram que foi identificada uma “tentativa de rompimento do lacre de um dos doces servidos durante o café”. A perícia, no entanto, confirmou que era possível abrir o pote sem, de fato, romper o lacre. As vítimas passaram mal depois de um lanche e morreram em um intervalo de algumas horas.

Continua depois da Publicidade

A principal suspeita do crime é Amanda Partata, de 31 anos, ex-namorada do filho de Leonardo. Ela está presa desde o dia 20 de dezembro. Amanda passou pela audiência de custódia no dia seguinte e negou a autoria. Um vídeo divulgado na última semana mostra a advogada comprando alimentos para um café da manhã na casa do ex. Segundo o delegado Carlos Alfama, entre os alimentos escolhidos em um empório no Setor Marista estavam pão de queijo, biscoitos, suco de uva e os bolos de pote.

Amanda teria cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento de um mês e meio. Os dois estavam separados desde agosto, mas antes do término, a mulher anunciou uma gravidez que nunca existiu, e continuou convivendo com a família. Ela chegou a organizar uma festa de chá revelação para contar que estava esperando uma menina. Contudo, o delegado apontou que tudo não passou de uma grande farsa.

Amanda Partata é suspeita de envenenar o ex-sogro e a mãe dele, em Goiás. (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

Além da falsa gravidez, a investigação apontou que a advogada criou pelo menos seis perfis fakes nas redes sociais para ameaçar o ex de morte. A mulher ainda tinha o costume de fazer ligações para os familiares do rapaz através de um aplicativo que escondia seu número. Frases como “Vou matar você e a sua namoradinha” e “Depois não chore em cima do sangue deles” foram enviadas. Ao todo, mais de 100 números foram bloqueados por Leonardo antes de sua morte.

Continua depois da Publicidade

Nesta terça (26), o médico Leonardo Pereira Alves Filho, ex-namorado de Amanda Partata, falou pela primeira vez sobre a morte do pai e da avó. Após prestar depoimento na delegacia, ele lamentou a perda dos familiares e revelou que não esperava “tamanha brutalidade” de Amanda. Clique aqui para assistir e ler a íntegra.

Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques

Artigos Recomendados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *