Vladimir Brichta abriu o jogo sobre a vida pessoal, em bate-papo com o jornal O Globo, divulgado neste domingo (24). O ator comentou a discrição do casamento de 20 anos com a atriz Adriana Esteves, e explicou por que os dois não têm redes sociais.
Ele contou que ficar longe da exposição da internet não foi uma escolha que fizeram juntos, mas de maneira individual. “Antes de ser uma escolha do casal, é uma escolha individual. Até já conversamos sobre isso algumas vezes. Mas não foi um pacto conjunto. Individualmente, chegamos à conclusão de que isso preservaria a nossa saúde emocional“, declarou.
O ator pontuou que os dois abriram mão das divulgações de trabalhos e renda que a internet poderia proporcionar: “É claro que, sem rede social, por exemplo, não divulgamos a nossa peça de teatro ou filme com a mesma facilidade. E não monetizamos. Rede social é fonte de dinheiro também. Mas fizemos esse cálculo e concluímos que valia a pena“.
Vladimir ainda destacou que, apesar da profissão, a dupla valoriza a privacidade. “Como casal, ganhamos uma certa privacidade e damos valor a isso. Ela ainda mais do que eu. Dri é mais acanhada, eu diria. E já somos muito expostos“, argumentou, acrescentando que entende que seu diálogo com o público acontece através da televisão: “Estamos no ar o tempo inteiro, e eu adoro. Gosto de ser um artista popular, de televisão. Talvez seja o lugar onde acontece o meu diálogo com o público”.
O ator ainda falou sobre uma participação no programa “Papo de Segunda”, do GNT. “Mas, olha que interessante, no ‘Papo de Segunda’, estava lá eu, não um personagem, com as minhas opiniões. Foi um lugar também de exercitar a comunicação como pessoa física. Mas as pessoas não precisam saber tanto o que penso“, disse.
Ele também comentou a repercussão de uma declaração de amor ao ex-marido da mulher, o ator Marco Ricca, que fez durante a participação no programa. “O que eu disse foi muito baseado na verdade: temos uma relação de amor, de muita admiração, carinho e respeito. Achei que prestaria um serviço, se as pessoas vissem que dá para lidar não só com civilidade, mas com afetos mais profundos“, explicou.
Por fim, o artista falou do luto com a morte da primeira mulher e da briga judicial para ficar com a guarda da filha. “Estávamos há três anos juntos quando Gena morreu. Agnes ia fazer 2. Um ano depois, a avó entrou com um processo na Justiça pela guarda. Foi muito conturbado aquilo: estar sem a mãe, mas não sozinho, porque minha família e amigos foram muitos próximos e calorosos nesse processo difícil da perda, do luto e da luta pela guarda. Com 23 anos, precisei bancar essa história e batalhar pela guarda dela, me tornar um pai presente de tudo”, lembrou.
“Precisei fazer escolhas profissionais que viabilizassem a paternidade e me beneficiassem financeiramente. Houve um momento em que, entre fazer uma novela e fazer um filme, optei pela novela, que me renderia mais dinheiro. Poderia estar com apartamento alugado por mais tempo e convencer a Justiça de que tinha uma casa, um lugar com estabilidade para ela. Isso tudo me afetou. Quando veio o Vicente, Agnes já tinha uma mãe. A Adriana é mãe dela. Ela já tinha o Felipe (filho de Adriana com Marco Ricca) como irmão. Eu já era padrasto dele. A estrutura familiar estava estabelecida e eu, mais relaxado, com uma vida mais estruturada”, concluiu.
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