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A bombástica entrevista de Meghan Markle e príncipe Harry à Oprah Winfrey rendeu uma série de revelações chocantes. Mas poucas chegam aos pés da afirmação de que a realeza ficou preocupada com o tom de pele de Archie, filho do casal. Apesar de a duquesa de Sussex não ter exposto quem levantou tal questão racista, o jornal Daily Mirror averiguou o caso e apontou um possível – e surpreendente – nome.
Relato chocante de Meghan
Um dos momentos mais sensíveis da conversa foi quando Meghan citou que os familiares de Harry questionaram se o bebê nasceria com a pele escura – isso porque a atriz é negra, enquanto seu esposo, ruivo. “Houve várias preocupações e conversas sobre o quão escura seria a pele dele quando nascesse“, entregou Markle, para completo choque de Oprah. “O quê? Havia uma conversa com você sobre o quão escuro seu bebê ia ficar?“, questionou a apresentadora, incrédula. “E sobre o que isso significaria ou pareceria“, confirmou a atriz.
Mas a duquesa poupou a identidade do royal em questão. “E você não vai me dizer quem foi [o responsável por esses comentários]?”, indagou Oprah. “Acho que isso seria muito prejudicial para eles“, hesitou Meghan. De acordo com ela, a conversa absurda aconteceu entre a família e Harry, que por sua vez, a retransmitiu à amada.
Oprah reacts to Meghan Markle revealing somebody in the Royal Family was concerned about how dark Archie’s skin color might be. pic.twitter.com/RIc15Adr7F
— Pop Crave (@PopCrave) March 8, 2021
Diante de todas as afirmações de Meghan na entrevista, da apuração de outras declarações e fatos envolvendo a família real, o Daily Mirror avaliou as hipóteses de quem seria o royal responsável pela preocupação com o tom de pele de um bebê que nem havia nascido. O palpite não necessariamente aponta quem tem culpa no cartório… Mas é possível concordar com vários dos pontos levantados. Entenda abaixo:
1) Não é uma pessoa abaixo de Harry e Meghan na “hierarquia”
Segundo Meghan, a discussão se deu enquanto ela ainda estava grávida, época em que a família real discutia sobre os futuros títulos e direitos de segurança de seu filho. Como se sabe, nenhum funcionário da realeza perguntaria algo do tipo a um dos membros “principais” sem ser convidado, ou a menos que alguém acima na hierarquia tenha lhe ordenado.
Portanto, a pessoa provavelmente faz parte da família real e se sente superior ao casal. Porém, a duquesa afirmou que, caso revelasse o nome da pessoa responsável pelo comentário, “isso seria muito prejudicial para eles”. Mas são poucos os que poderiam realmente sofrer consequências caso sua reputação fosse manchada…
2) A pessoa não deve ser alguém com reputação “manchada”
O Mirror apontou que o príncipe Phillip já tem um histórico de outras declarações racistas. Logo, essa seria outra “gafe” e “deslize” do bisavô de Archie. Já o príncipe Andrew está envolvido em um escândalo e é investigado pelo FBI por tráfico sexual de crianças, acusado de envolvimento na teia de crimes de Jeffrey Epstein. Ou seja, os dois têm reputações muito questionáveis perante o público, portanto, mais uma acusação quase não faria diferença.
Outra hipótese seria a princesa Anne, mas “seria duvidoso que alguém tão brusco perguntasse repetidamente”, disse o tabloide britânico. Restam também alguns primos e membros da família real que já teriam tido falas rudes e comportamentos criticados. Porém, nenhum deles participaria de uma discussão sobre títulos da monarquia e proteção policial. Com isso, o filtro afunila novamente: sobram os membros mais próximos ao trono.
3) Só pode ser uma pessoa próxima ao trono
Com todas as considerações, chegamos à conclusão de que a pessoa é mais poderosa que Harry e está mais próxima ao trono do que ele. De acordo com Chris Ship, correspondente da realeza para a emissora ITV, não estamos falando da rainha Elizabeth II e nem de seu marido, príncipe Phillip. É exatamente isso o que Harry fez questão que Oprah deixasse claro hoje (8), de que nenhum dos dois estava envolvido na conversa.
Para o jornalista especialista na família real, só há quatro possibilidades: príncipe William, príncipe Charles, ou suas esposas, Kate Middleton e Camilla Parker Bowles – também conhecidos como os próximos na linha de sucessão ao trono. No entanto, o Mirror ressaltou que Camilla não tem nenhum filho na realeza para defender sua posição, ou ficar preocupada com as próximas gerações. Além disso, nem ela, nem Kate, são conhecidas por “se aproveitarem” de seu poder na monarquia. Ao contrário de William e Charles, o que os deixa como duas últimas hipóteses.
4) Xeque-mate?
Durante a entrevista, Harry manifestou seu respeito à rainha. No entanto, assumiu que seu pai lhe magoou ao não entender o que Meghan estava passando. Quanto a William, ele admite que o irmão havia sido acolhedor, mas que agora havia um “espaço” entre eles. Pai e filho foram criados para serem reis e, por isso, é natural que se preocupem com a família e que seus outros familiares sejam considerados “subordinados”. Além disso, os dois imediatos na linha de sucessão teriam muita coisa a perder caso a duquesa citasse um de seus nomes durante o programa de Oprah.
Mas o jornal afunilou ainda mais o palpite, citando a mentira disseminada pela mídia de que Meghan teria feito Kate chorar – quando, segundo a americana, teria ocorrido justamente o contrário. “Quem quer que tenha se preocupado sobre a cor da pele de Archie, também foi poderoso o suficiente para temer o que aconteceria se uma futura rainha fosse vaiada pela enorme multidão reunida para assistir ao casamento [de Harry e Meghan] em Windsor. Essa mentira protegeu o trono, assim como Kate”, escreveu a publicação.
“Quem quer que tenha participado das conversas sobre o futuro da família real em termos de títulos e custos, estava pensando em qual seria o formato da família daqui a 50 ou 100 anos. Quem queria saber o quão escuro Archie seria, é fruto de um mundo que tem sido limitado, em termos de posição e paternidade”, apontou o Daily Mirror.
Quando Meghan deu a entender que tinha essa “bomba” em mãos, que poderia revelar o nome de tal pessoa e que isso poderia “explodir” a qualquer momento, ela provavelmente se referia a alguém que pode se sentir muito machucado por suas revelações. Alguém que entenderia o que pode acontecer com uma pessoa que não está se sentindo bem mentalmente, que está pedindo ajuda e que apenas ouve que “isso não é bom para a Instituição” – uma pessoa que entenderia que foi exatamente isso o que causou muitos danos à princesa Diana.
O tabloide reforça que a simpatia do público sempre está com o “bebê que nunca fez nada de errado”, motivo pelo qual os filhos de Lady Di ainda são tão queridos. Mas é também por isso que muito pouco se fala sobre William, aquele que será rei um dia. Inclusive, a quem Meghan poupou, no fim das contas? Ela elogiou a rainha, ela perdoou Kate… Mas não mencionou William nenhuma vez. Touché?
