A polêmica envolvendo a herança de Gugu Liberato ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira (25). Após serem emancipadas, as gêmeas Marina e Sofia Liberato fizeram uma série de acusações à tia, Aparecida Liberato, que agora detém o controle do dinheiro do apresentador. Segundo as jovens, ela estaria mentindo e tentando manipulá-las, além de negar a existência de uma união estável entre Gugu e Rose Miriam di Matteo.
Em vídeo obtido por Leo Dias, colunista do jornal Metrópoles, as irmãs revelaram que nunca concordaram com a postura de Aparecida, e que resolveram contratar um advogado para expor sua opinião sobre a relação entre Gugu e Rose. “Minha tia e os advogados dizem que minha mãe não tinha união estável com meu pai, mas eles tinham sim, nós éramos uma família e só quem sabe a verdade somos nós, eu não sei porque eles não reconhecem minha mãe como companheira do meu pai, porque eu reconheço”, disse Sofia. “Antes eles queriam conversar comigo, mas quando eu discordei deles, não quiseram mais. Eles falaram que nunca vão aceitar que minha mãe era a companheira do meu pai e que era para gente não se meter em nada”, concordou Marina.
De acordo com Marina, não é de hoje que surgiram as suspeitas sobre Aparecida. “Há muito tempo a gente começou a desconfiar da nossa tia porque a gente achou muito estranho o jeito que ela agia com a gente, tratando a gente como criança, representando e explicando as coisas como se a gente tivesse oito anos de idade”, disse ela. A primeira tentativa delas de contratar outra advogada também não funcionou. “A gente continuou com a nossa tia, mas sempre desconfiando. A gente sabia que ela mentia para a gente, mas não tinha os fatos. Hoje, a gente descobriu que era verdade, que ela mentia para a gente”, afirmou Sofia.
Carro importado e decisões sem consentimento
O controle de Aparecida sobre a fortuna de Gugu também incomodou as meninas, como quando Sofia quis comprar um carro de luxo, mas foi impedida. “Eu fui pedir um carro, não tinha um e queria muito ter um carro. Pedi para a minha tia a Porsche que sempre sonhei em ter. Ela disse que falou com a promotora, e que a promotora tinha dito que eu não podia ter esse carro, que era muito de luxo para uma criança de 17 anos. Acabei comprando um carro que era metade do preço do que eu queria e não fiquei feliz”, disse ela. Sofia comprou um Dodge Charger, cujo valor nos Estados Unidos varia entre US$ 30,2 mil dólares (em torno de R$ 157 mil reais) até cerca de US$ 80 mil dólares (aproximadamente R$ 416 mil).
As gêmeas alegam que a família de Gugu e os advogados também não facilitavam o acesso delas aos documentos dos processos. “A gente pedia documentos, eles falavam que iam mandar, mas não mandavam. Pedi para me mandarem um documento que provasse o quanto a gente tinha de dinheiro em um dos bancos do Brasil. Nunca vi o documento”, relatou Marina. Segundo a jovem, os familiares até mesmo assinavam documentos e tomavam decisões no nome das irmãs sem que elas soubessem: “Um exemplo foi quando o nosso primo pediu um dinheiro altíssimo e ela (Aparecida) assinou como se a gente tivesse concordado. Nem falou com a gente, a gente só soube pelo jornal”.
Briga com irmão e diferenças discrepantes em pensões
Agora, as herdeiras de Gugu são auxiliadas pelo advogado Nelson Willians, que também representa a mãe delas. No entanto, as gêmeas garantem que a decisão não teve a influência de Rose Miriam. “Nossa mãe sempre ficou do nosso lado e nunca nos pressionou a nada. Ela só quer o nosso bem”, disse Sofia. “Minha tia fala que a minha mãe manipulou a gente. Não é ela que manipulou a gente. É a minha tia que tentou manipular a gente”, acusou Marina.
As irmãs ainda afirmam que Aparecida teria manipulado João Augusto, filho mais velho de Gugu. A situação, por sua vez, criou um desentendimento entre ele e as caçulas da família. “Ela está manipulando o meu irmão. A gente tem provas disso. A gente tentou alertar, mas infelizmente o João surtou quando sugeri o reconhecimento da união estável”, disse Marina.
As diferenças nos valores de pensões dadas a elas, ao irmão e à avó deles, contribuiu para que as coisas desandassem ainda mais. “A gente descobriu recentemente que o João ganha mais que a gente por mês. Isso é totalmente injusto. A gente ganhava antes US$ 500 por mês. A gente já achou que estava ganhando pouco porque é um absurdo a nossa avó ganhar 163 mil reais e a gente só US$ 500”, complementou Marina.
Sofia contou que pediu que as pensões dela e da irmã aumentassem de US$ 500 para US$ 2 mil, mas também não foi atendida pela tia: “Eu pedi um aumento porque com 500 dólares não dava mais para comprar comida, [sair pra comer, comprar uma coisinha] e tal. Pedi dois mil dólares, que ainda é pouco, e ela disse que era um absurdo… Mas não chega nem perto do que a gente tem, do que ela tira por mês pelas nossas contas. Ela decidiu que não ia dar”. De acordo com Marina, Aparecida queria dar um valor ainda menor. “Minha tia queria dar só 150 dólares, que dá para ir para a praia, pagar a gasolina e passar fome na estrada”, brincou. Segundo elas, o valor aumentou para US$ 1 mil.
“Humilhação” em reunião com advogados
Durante o vídeo, as filhas de Gugu ainda contaram um episódio em que se reuniram com os representantes e familiares do pai, para repassar qual era o desejo de sua mãe. Na ocasião, elas contaram que Rose até abriria mão da herança caso tivesse sua união estável comprovada. “Falei que o mais importante para a minha mãe era a união estável e não o dinheiro e que por isso ela abrirá mão do que tem dinheiro, que acho que é 50% [da herança]“, iniciou Marina.
Entretanto, a resposta dos advogados e da tia teria sido agressiva e debochada. “Eles começaram a falar que não iam reconhecer porque ela não tinha união estável. Ela tem sim. Ela preenche os três requisitos, finalidade de constituição de família, relação duradoura e relação pública. Eles ficaram super bravos e começaram a rir da minha cara. Eles estavam bravos e nervosos comigo. Disseram que não iam discutir com uma criança… Que advogados são esses?”, completou ela.
“Disseram que ela era só barriga de aluguel. Isso não é verdade… Minha tia disse que nós éramos infantas e desesperadas. Muitos adjetivos negativos”, mencionou Sofia. Já Marina contou que saiu chorando da reunião, depois da maneira como foi tratada. “Me senti muito humilhada, de verdade. Me senti um lixo. Comecei a chorar”, relatou ela.
Horas após a circulação da gravação, Nelson Willians, advogado das adolescentes, revelou que a filmagem não se tratava de uma entrevista e que o vídeo foi “indevidamente vazado“. “Elas não deram entrevista para nenhum veículo de comunicação e nem darão. A gravação foi feita diretamente para a Justiça e faz parte do processo de Inventário que tramita em segredo de justiça. Portanto, o vídeo foi indevidamente vazado à imprensa e os fatos serão apurados na esfera cabível“, contou ele ao UOL.