Fantástico mostra vídeo de ladrões invadindo apartamento de Carlinhos Maia, e ele se manifesta: ‘Isso é o que mais me dói’; assista


Na madrugada do dia 29 de maio, o apartamento do influenciador Carlinhos Maia, que fica em um condomínio de alto padrão no bairro de Cruz das Almas, na capital alagoana, foi invadido e furtado em cerca de R$ 5 milhões em itens. Neste domingo (5), novos detalhes do caso vieram à tona, quando o “Fantástico” exibiu um vídeo no qual é possível ver a invasão dos ladrões ao condomínio.

Em entrevista ao dominical da TV Globo, Maia abordou o assalto milionário. Segundo o influencer, alguns de seus bens mais valiosos foram levados, entre eles um relógio avaliado em R$ 1 milhão e um colar de diamantes de R$ 1,5 milhão. Para a polícia, o crime vinha sendo planejado há tempos, pois das 36 câmeras espalhadas pelo condomínio, apenas algumas registraram a ação da dupla, formada por um homem e uma mulher.

O alvo dos criminosos foi o terceiro andar do prédio de luxo e, no dia do furto, os muros ainda não tinham uma cerca com arame cortante, o que mudou desde então. Dois equipamentos de vídeo, instalados na garagem, registraram a chegada dos bandidos a 1h16 da manhã do dia 29. Nas imagens, é possível ver o homem e a mulher caminhando no mesmo ritmo, pisando leve para evitar qualquer ruído, sempre em linha, para atrapalhar uma possível identificação.

Os dois aparecem com o corpo todo coberto, chapéu, máscara e luvas para não deixar digitais para trás. O homem, por sua vez, também esconde o rosto com a mão e só ele carrega uma mochila. “Eles sabiam por onde transitavam dentro do empreendimento. Nós temos chamados pontos cegos. Alguns já existiam desde a sua concepção e outros que foram, provavelmente, maliciosamente criadas para facilitar a empreitada”, afirmou o delegado de polícia Lucimério Campos.

As autoridades revelaram, ainda, que a câmera de segurança principal, localizada no corredor que dá acesso ao apartamento de Carlinhos, foi desconectada há pelo menos 15 dias, mesmo prazo necessário para que as imagens sejam apagadas automaticamente do servidor. Por este motivo, ainda não foi possível descobrir o responsável por desligar o equipamento, que é peça-chave da investigação. Além da câmera do andar de Carlinhos, uma outra, esta no térreo, também estava desligada.

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Desabafo

Na entrevista com o dominical, o influencer pontuou que, na época do furto, o marido, Lucas Guimarães, estava no México a trabalho e ele em Aracaju, para uma lipoaspiração. O criador de conteúdo revelou que tinha acabado de acordar da anestesia quando foi informado da invasão e do furto. “Eu fiquei um pouco em choque. Como assim? É a casa da gente, né?”, confessou.

Questionado se teria se arrependido da carreira que colocou sua vida ao dispor de 25 milhões de seguidores, entre eles os ladrões, o alagoano refletiu: “Me arrepender de me expor tanto? Eu acho que não, porque foi essa exposição que me fez chegar aonde eu cheguei. Eu acho que fica a mensagem de se expor um pouco menos, sabe?”.

Além da tristeza com os itens perdidos, Carlinhos apontou o que realmente lhe afetou na situação toda. “O que mais dói é você ter que ler tantas e tantas vezes que isso é marketing”, compartilhou. “Uma coisa que eu também ouvi bastante: porque ele é um rico está tendo essa repercussão nacional. Então quer dizer que o meu crime não pode ser investigado? Tenho direito – como cidadão que paga impostos – de ter um meu crime investigado também”, reforçou Maia. “O que eu mais estou pedindo dentro do meu coração é que que sejam pegos, que sejam presos, que não façam outras vítimas ainda e que não invadam mais os sonhos da casa da gente”, concluiu.

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Investigação

Segundo a reportagem do ‘Fantástico’, o porteiro que trabalhava na noite do furto só tinha acesso a 16 câmeras, dentre as 36 instaladas na propriedade. As outras, embora ligadas, não estariam canalizadas no monitor dele, o que impediu que o profissional identificasse atitudes suspeitas. No entanto, de acordo com o jornalístico, o alarme do sensor de presença chegou a tocar como forma de “aviso”.

“O porteiro disse que – como outros casos de acionamento por animais ou até pela sensibilidade mesmo do dispositivo -, ele achou que era mais uma dessas situações e não se preocupou em olhar”, afirmou o delegado. “Nós temos tido o cuidado de saber se isso é só uma falha humana e ou se é um envolvimento de pessoas ali que trabalhavam no edifício, pessoas ligadas ao Carlinhos Maia”, acrescentou Campos.

A residência do influencer fica ao lado de um hotel. Ambos fazem parte de uma mesma rede. A suspeita da investigação é de que os ladrões tenham entrado no local pelo estabelecimento de hospedagem. “A gente também trabalha com a possibilidade de eles estarem hospedados no hotel, o hotel que fica geminado ao empreendimento onde morava o influencer, e essas imagens estão sendo checadas”, explicou Lucimério.

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Entre os principais atrativos do residencial, a segurança era o maior deles. O fator foi reforçado pela incorporadora responsável pela obra. A empresa afirmou que todos os principais pontos do prédio são monitorados, no entanto, houve interferência humana para burlar o sistema.

“A segurança particular privada – que chegou no empreendimento depois do acionamento do sensor de presença – acabou sendo dispensada sob o argumento de que não havia nenhum problema naquele momento. Esse sensor de presença continuou desligado até o final do furto né? Então, certamente, a saída das pessoas, ela foi pelo mesmo local e sem o novo acionamento do sensor de presença”, avaliou Deivis Pinheiro, advogado da Ritz Participações e Incorporação.

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Os bandidos ficaram cerca de duas horas e meia no prédio e deixaram os armários do quarto de Carlinhos completamente revirados. Aos olhos da polícia, os ladrões são de fora do estado e tinham apenas um objetivo: o relógio mais caro (avaliado em R$ 1 milhão) e um colar de 36 diamantes (este, de R$ 1,5 milhão). Ambos os itens estavam no cofre com algumas outras joias. Os bandidos saíram do local carregando o compartimento.

O alvo era tão definido que ficaram para trás outros seis relógios, também muito valiosos. “Uma coisa é clara para nós: eles têm uma expertise e tem uma qualificação diferenciada para agir em crimes dessa natureza”, apontou Gustavo Xavier do Nascimento, delegado geral da Polícia Civil de Alagoas, que também faz parte da investigação. Assista à reportagem na íntegra:

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