Glória Maria, ícone do jornalismo brasileiro, morre aos 73 anos

Glória Maria, ícone do jornalismo brasileiro, morre aos 73 anos


Um dos maiores nomes do telejornalismo brasileiro, Glória Maria morreu nesta quinta-feira (2), aos 73 anos, no Rio de Janeiro. No início do ano, ela chegou a ser internada novamente, por conta de um tumor no pulmão. Gloria estava afastada do “Globo Repórter”, desde o segundo semestre de 2022, para tratamento do câncer. A causa da morte, no entanto, não foi divulgada. A jornalista deixa duas filhas adolescentes, Maria, de 15 anos, e Laura, de 14.

Com mais de 50 anos de carreira, Gloria foi pioneira na profissão por consecutivas vezes. Foi a primeira a entrar ao vivo e em cores no Jornal Nacional, inaugurou a era da alta definição da televisão brasileira, e mostrou mais de 100 países em suas reportagens. No passaporte, a jornalista acumulou nada menos do que 160 carimbos.

Glória entrou na Globo em 197o e já no ano seguinte, fez sua estreia como repórter. Ela trabalhou no “Jornal Hoje”, no “RJTV” e no “Bom Dia Rio”.  Em 1986 passou a integrar a equipe do “Fantástico”, atração que apresentou com grande êxito de 1998 a 2007. Desde 2010, a jornalista passou para o “Globo Repórter”, apresentando e fazendo o que mais gostava: reportagens mundo afora.

Glória Maria visitou mais de 100 países. (Foto: Globo/Divulgação)
Glória Maria visitou mais de 100 países. (Foto: Globo/Divulgação)

A notícia do falecimento foi confirmada pela Globo em comunicado. “Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia. Sofreu metástase no cérebro, tratada em cirurgia, também com êxito inicialmente. Em meados do ano passado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias, e Glória morreu esta manhã, no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio”, afirmou a nota.

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Apesar das adversidades, Glória sempre dizia que não tinha medo e lutou bravamente contra a doença. “Se eu não tivesse descoberto naquele momento, o tumor me mataria em 15 dias. Criou um edema que inflamou e me fez ter uma convulsão. Vivi a primeira bênção porque não me deixou sequelas. Tinha 30%, 40% de chance de sobreviver e 20% de sobreviver sem sequelas. Mas não tive medo. A vida é isso. Você está vivo para passar por todo o tipo de experiência. É que o ser humano tem a tendência de querer viver num mundo cor-de-rosa”, disse ela durante entrevista ao Roda Viva, em março passado.

*Esta matéria está em atualização

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